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Transtornos Neurodesenvolvimento

há 2 dias

5 min de leitura

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O sistema nervoso é o responsável por receber, processar e transmitir as mensagens

através da capacidade de estabelecer conexões entre si e os estímulos externos aos

quais o organismo é submetido. Sendo composto por um tipo específico de tecido,

denominado tecido nervoso, logo dividido em tipos celulares como, os neurônios,

responsáveis pela transmissão de impulsos nervosos e interpretações dos estímulos. E

as células da glia, responsáveis por nutrir e proteger os neurônios.


Devido a fatores diversos fatores como fatores genéticos, ambientais, biológicos,

progressivo de envelhecimento, traumas e estresse, e desequilíbrio químicos

consequentemente podem gerar uma anormalidade cerebral, os transtornos

neurológicos em ambas partes do sistema nervoso. Transtornos neurológicos afetam de

maneira geral a medula espinhal, responsável por transportar as mensagens a do

cérebro para o resto do corpo, o cérebro responsável por interpretar mensagens

recebidas de partes das atividades motoras e estruturas motoras sensoriais. E os

neurônios, que são a base do sistema nervoso, no qual carregam impulsos elétricos do

cérebro ao resto do organismo, assim sendo dividido em nervos sensoriais e nervos

motores.


Dentro dos transtornos neurológicos, há uma ampla variedade de tipos,

como Neurodegenerativas, dado a um processo natural e de envelhecimento, alguns

exemplos são Alzheimer e Parkinson. Neuropsiquiátricas, baseado em alguns fatores

como genéticos, ambientais e disfunções neuroquímicas, tendo como exemplos

Esquizofrenia e TOC. Neuromusculares, afeta a comunicação entre nervos que

controlam os músculos, e assim seus fatores de causa podem ser genéticos e

autoimunes, onde alguns exemplares são, Polineuropatia e ELA. Entretanto, não se

encontram em definições fixas as suas classificações, logo deslocam fluidamente uma

sobre a outra, dependendo do que afeta o indivíduo e seu respectivo transtorno. Um

exemplo são os transtornos de neurodesenvolvimento, que também pertencem à

classificação de neuropsiquiátricos e neurônios motores.

Os transtornos do neurodesenvolvimento são condições que afetam o desenvolvimento

do cérebro e do sistema nervoso, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de

Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana , Quinta Edição (DSM-5) são

classificados seis grupos abrangentes: intelectual, comunicação, autismo, déficit de

atenção e hiperatividade, motor e transtornos específicos de aprendizagem, no qual um

transtorno é acompanhado por outro. Geralmente se manifestando nos primeiros anos

de vida, porém seus sinais são variáveis entre indivíduos, mesmo obtendo um padrão

dentro da comunidade. Dentre eles, há alguns exemplos de indicadores fixos, como a

falta de balbuciar ou apontar aos 12 meses, contato visual ruim, sem frases de duas

palavras aos 2 anos de idade, sem sorriso ou receptividade social, não respondendo ao

nome deles, fixação em alinhar brinquedos ou objetos, ou observar brinquedos se

movendo ou girando e repetir ações ou som indefinidamente. Isso acontece devido à

intensa atividade cerebral e formação de conexões essenciais durante esse período.

Alterações genéticas, fatores ambientais e a interação entre eles, podem afetar essa

formação e resultar em transtornos. Além de que podendo ser observado em crianças

mais velhas ou de fato, adultos, podem apresentar alguns sinais como por exemplo,

baixa interação social, incapacidade de iniciar ou manter uma conversa, linguagem

repetitiva, hiper focada em algum tema, interesse intenso e focado, geralmente em um

objeto ou assunto e dificuldade em manter contato com os olhos.


Essas condições impactam aspectos como a comunicação, o comportamento, a

aprendizagem, as habilidades motoras e a interação social. Assim, podendo afetar

diferentes áreas da vida de uma pessoa, dependendo do tipo e do grau do transtorno.

Um exemplo são pessoas do espectro autista, (TEA), pois de acordo com o Manual

Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), classifica o transtorno do

espectro autista em níveis de gravidade. A gravidade é baseada em quanta deficiência

você vive nas áreas de comunicação social e comportamentos restritos ou repetitivos.

Entre eles, o nível 1 é fornecido quando você precisa de suporte, o nível 2 é fornecido

quando você precisa de suporte substancial e o nível 3 é fornecido quando você precisa

de um suporte muito substancial.

Para pessoas que possuem o funcionamento cerebral atípico, ou seja, que difere do

padrão, são apelidadas de neurodivergentes, por apresentarem essas características e

consequentemente afetar alguns aspectos como as interações sociais, habilidades

motoras, aprendizagem, comportamento e comunicação. No déficit intelectual ou de

aprendizagem, exibem um comportamento adaptativo limitado. Em distúrbios da

comunicação, a falta de compreensão afeta a capacidade de um indivíduo de detectar ou

aplicar a linguagem, assim dificultando seu entendimento de comunicação verbal e não

verbal, resultando em gagueira, substituição de som ou incapacidade de entender. Em

pessoas do espectro autista, indicam dificuldade na comunicação social e padrões de

comportamento restritos, repetitivos e inflexíveis. E por fim, pessoas com déficit de

atenção e hiperatividade, demonstram disfunções executivas, ocasionando desatenção,

hiperatividade, impulsividade e desregulação emocional.

As causas para esses funcionamentos atípicos do sistema nervoso está relacionado ao

seu desenvolvimento rígidamente regulado e cronometrado. Podendo ter origem desde

do desenvolvimento do feto na gestação, parto e pós-parto, qualquer desvio significativo

da trajetória normal de desenvolvimento no início da vida pode resultar em arquitetura ou

conectividade neuronal ausente ou anormal. Há diversos fatores que contribuem para as

alterações dadas ao desenvolvimento do sistema nervoso, como genéticas, assim herdadas dos pais afetados ou portadores, um exemplo é a trissomia 21, mais conhecida

como síndrome de Down, relacionado a anomalia cromossômica, como a translocação

do material genético. Outros distúrbios menos comuns, porém também relacionados ao

fator genético, são a síndrome do X frágil, a síndrome de Rett e a síndrome de Williams.

Fatores ambientais, como, complicações no parto, infecções durante a gestação e

exposição a substâncias nocivas após o nascimento. Traumas físicos, sendo um dos

fatores mais comuns, pode-se dividir em lesão congênita, como lesões do resultado de

um parto prematuro, asfixia (obstrução da traqueia), hipóxia (falta de oxigênio no

cérebro), e lesão que ocorre na infância.

Concluindo, os transtornos relacionados ao sistema nervoso, transtornos neurológicos,

abrangem uma variedade de outros distúrbios, que estão diretamente conectados entre

si, dependendo das características. Transtorno do Neurodesenvolvimento é uma

condição complexa que afeta o desenvolvimento do sistema nervoso central. Possuindo

diversos fatores causadores do transtorno, porém varia de tipo de transtorno, grau de

intensidade entre outros aspectos envolvidos.

A inclusão e o apoio no ambiente escolar são fundamentais para garantir que as

pessoas com Transtornos do Neurodesenvolvimento tenham acesso à educação e

possam desenvolver todo o seu potencial. Além disso, os familiares também precisam de

apoio e estratégias para lidar com os desafios que essa condição pode trazer.

Os transtornos do neurodesenvolvimento merecem um aumento de visibilidade por sua

manifestação precoce e impacto duradouro na vida das pessoas, especialmente no que

se refere ao aprendizado, à comunicação e à socialização. O aumento do número de

diagnósticos tem crescido a cada ano não porque existem mais pessoas nascendo com

estes transtornos, no entanto pois, está acontecendo diagnósticos tardios de pessoas

que não sabiam sobre seus distúrbios e também porque agora as pessoas conseguem

ver os sintomas de forma mais clara e procuram um médico mais cedo. Compreender

esses transtornos é essencial para combater o preconceito, promover diagnósticos

precoces e oferecer intervenções adequadas que respeitem a individualidade e a

diversidade neurológica.

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