O filme “Tempos Modernos” é interpretado por Charlie Chaplin, onde faz uma crítica às transformações provocadas pela Revolução Industrial, especificamente na segunda fase, que é marcada pelo uso de aço, eletricidade e pela produção em massa.
No filme, ele interpreta um operário que trabalha em uma linha de montagem, seu personagem vive sendo pressionado a realizar movimentos repetitivos e mecânicos, representando o trabalhador da indústria moderna, em que o avanço tecnológico e a produção em massa geraram não apenas crescimento econômico, mas também exploração da mão de obra, más condições de trabalho e profundas desigualdades sociais.
Assim como na Revolução Industrial, o filme mostra que os trabalhadores são tratados como se fossem máquinas, sem direitos ou individualidades, são submetidos a longa jornada de trabalho, com ritmo exaustivo e falta de segurança, o operário apenas repete tarefas, sem conhecimento do produto final.
Com isso, Chaplin utiliza o cinema como instrumento de reflexão, mostrando que o progresso técnico, quando não acompanhado de políticas sociais e respeito à individualidade humana, pode gerar mais opressão do que desenvolvimento.
A crítica feita pelo autor segue relevante nos dias atuais, principalmente em um mundo em que novas tecnologias e a automação avançam rapidamente.
O filme serve como alerta sobre a importância de conciliar inovação com condições humanas de trabalho, apontando que o verdadeiro progresso só é possível quando toda sociedade é beneficiada, e não apenas os interesses econômicos de uma minoria.
