O Pós-Modernismo é um processo contemporâneo de mudanças nas tendências artísticas, filosóficas, sociológicas e científicas que surgiu após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e o movimento Modernista.
As suas principais características são a ausência de valores e regras, imprecisão, individualismo, pluralidade, mistura do real e do imaginário, produção em série, espontaneidade e liberdade de expressão. Surge a época das incertezas, do vazio e do niilismo, onde o “e”, e não mais o “ou”, determinará os diversos campos.
A corrente filosófica, questiona a ideia de uma verdade absoluta e universal. Ela critica a noção de objetividade e defende a valorização das múltiplas perspectivas e narrativas. Assim, o movimento influenciou o pensamento de filósofos como Michel Foucault, Jacques Derrida e Jean-François Lyotard, que desenvolveram conceitos como a desconstrução e a morte do sujeito.
Para Foucault, a sociedade faz uso abusivo do poder através das instituições, escolas e prisões, por exemplo. Segundo ele, a escola tira os alunos do seu meio para os enclausurar e domesticá-los da forma como a sociedade quer.
“Todo sistema de educação é uma maneira política de manter ou de modificar a apropriação dos discursos, com os saberes e os poderes que eles trazem consigo." (Michel Foucault)
A desconstrução, termo desenvolvido por Jacques Derrida, é uma abordagem que busca revelar as contradições e ambiguidades presentes nas estruturas de pensamento e linguagem. Derrida argumentava que a linguagem não é um veículo transparente para a comunicação de ideias, mas sim um sistema complexo de significados que está sempre em fluxo. Ele acreditava que a desconstrução poderia revelar as suposições e hierarquias ocultas nas estruturas de pensamento e, assim, abrir espaço para novas interpretações e possibilidades.
O pensamento filosófico de Jean-François Lyotard é caracterizado por crítica às grandes narrativas. Ele argumentava que as metanarrativas, como o marxismo e o liberalismo, não eram mais capazes de fornecer uma explicação abrangente da realidade. Entretanto, Lyotard defendia a ideia de que a sociedade estava se tornando cada vez mais fragmentada e pluralista, e que a filosofia deveria abraçar essa diversidade. O filósofo desafiou as concepções tradicionais de conhecimento, linguagem e política, abrindo novas possibilidades de pensamento e reflexão.
No universo pós-moderno em que vivemos, as certezas são substituídas por questionamentos e as verdades absolutas são transformadas em histórias subjetivas.
O pós-modernismo na filosofia é um movimento complexo e multifacetado, que questiona as ideias e conceitos modernos e busca novas formas de compreender o mundo. Valoriza a diversidade e a pluralidade de perspectivas, reconhecendo a existência de múltiplas verdades e interpretações da realidade.
