BIOTECNOLOGIA EM ALIMENTOS SUSTENTÁVEIS
- Letícia Dias e Luna Figueiredo - 2º MC
- 2 de jul.
- 3 min de leitura
A biotecnologia é um ramo da Biologia que desenvolve tecnologias a partir de
organismos vivos ou sistemas biológicos, baseando-se nos processos moleculares e
celulares para um conjunto de procedimentos envolvendo manipulação de organismos
vivos para fabricar ou modificar produtos. A biotecnologia tem sido utilizada desde a
antiguidade,na civilização babilônica já era utilizada na fabricação de pães e cervejas a
partir de microrganismos vivos. Assim, com os conhecimentos sobre a genética,
desenvolvemos a biotecnologia moderna. A transição da biotecnologia clássica para a
moderna teve como ponto crucial, as descobertas do monge Gregor Mendel, mais
tarde nomeado “Pai da Genética”, tornando o primeiro a demonstrar a recombinação do
DNA, durante a reprodução sexuada,devido aos seus experimentos envolvendo o
cruzamento de ervilhas, logo abrindo o caminho para o desenvolvimento de
microrganismos e plantas com características de interesse. A partir de 1866, a
biotecnologia moderna são dividida em ramos como humana, ambiental, industrial,
animal e vegetal.
A biotecnologia apresenta soluções promissoras para a produção de alimentos
sustentáveis, desempenhando um papel estratégico na construção da segurança
alimentar futura. Por meio da engenharia genética, é possível desenvolver culturas
mais resistentes a pragas e doenças, tolerantes a condições ambientais adversas e
com maior valor nutricional, o que contribui diretamente para o aumento da
produtividade agrícola. Avanços como o uso de biopesticidas, como o Bacillus
thuringiensis (Bt), oferecem alternativas mais seguras e menos poluentes aospesticidas tradicionais, enquanto o melhoramento genético de alimentos permite o
enriquecimento nutricional de culturas essenciais, como arroz e milho. Além disso,
técnicas biotecnológicas vêm sendo aplicadas para prolongar a vida útil de frutas e
vegetais, reduzindo perdas e o desperdício ao longo da cadeia produtiva. Esses
benefícios não apenas tornam a produção mais eficiente, mas também mais
sustentável do ponto de vista ambiental, com a redução do uso de insumos químicos,
economia de recursos naturais e menor emissão de gases de efeito estufa,
contribuindo para a adaptação às mudanças climáticas e a garantia do acesso a
alimentos de qualidade para uma população mundial em constante crescimento.
Uma das principais ferramentas para o avanço da biotecnologia na área alimentícia é a
técnica da edição genética com CRISPR-Cas9, além de ser a primeira, dada em 1985,
assim sucessivamente, auxiliando em experimentos como a clonagem da ovelha Dolly
e a primeira planta editada geneticamente, possibilitando intervenções mais precisas e
seguras, permitindo a criação de culturas alimentares com maior valor nutricional, como
o arroz dourado, enriquecido com vitamina A, que ajuda a combater a desnutrição em
países em desenvolvimento. Outro tipo de técnica é o uso de biofertilizantes e
microrganismos benéficos, que substituem produtos químicos tradicionais, promovendo
a fertilidade do solo e a saúde das plantas de maneira natural. A agricultura celular,
como a produção de carne cultivada em laboratório, também desponta como uma
solução inovadora, pois pode reduzir drasticamente o impacto ambiental da pecuária
convencional, especialmente quanto à emissão de gases de efeito estufa e uso de
água.
Em conclusão, a biotecnologia, desde suas origens mais rudimentares até os avanços
modernos impulsionados pelos conhecimentos genéticos, consolidou-se como uma
ferramenta essencial para enfrentar os desafios do século XXI, especialmente no que
diz respeito à produção de alimentos sustentáveis e à segurança alimentar global. Ao
integrar ciência, inovação e sustentabilidade, ela possibilita o desenvolvimento de
soluções eficazes que respeitam o meio ambiente, promovem a saúde e ampliam o
acesso a alimentos nutritivos. A diversidade de suas aplicações representadas pelas
diferentes cores que simbolizam seus campos de atuação demonstra seu enorme
potencial de transformação em áreas como a agricultura, a medicina, a indústria e o
meio ambiente. No entanto, é fundamental que o avanço biotecnológico continue sendo
guiado por princípios éticos, transparência científica e políticas que garantam o acesso
equitativo a seus benefícios, para que sua contribuição seja verdadeiramente
significativa na construção de um futuro mais justo e sustentável para todos.
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