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A sexta extinção em massa?

  • Rafael Rumanski e Rafael Simoes MT
  • 3 de out.
  • 2 min de leitura
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O planeta Terra já passou por 5 extinções em massa ao longo de sua história, nas quais a vida chegou a ser quase completamente extinta por motivos relacionados a mudanças climáticas e agentes externos (o mais famoso são asteroides gigantescos). O caso em que a extinção teve maior quantidade de espécies extintas, proporcionalmente à quantidade de espécies do período, foi a do Período Permiano, causada pelo aumento brusco do nível de CO₂ na atmosfera e nos oceanos, tendo como consequências a extinção de 95% das espécies do mundo. 

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(Permiano)

Tais eventos de um passado distante mostram à humanidade que o planeta em que vivemos não está preparado para mudanças repentinas nas condições climáticas e na composição da atmosfera terrestre. Diante disso, diversos cientistas começaram um questionamento: já que a humanidade está realizando tamanha alteração no clima recentemente, nós estamos entrando em uma nova extinção em massa? Nesse cenário, existem dois posicionamentos opostos que serão abordados a seguir.


Em um primeiro cenário, destaca-se um artigo do jornal The Guardian, que afirma o risco iminente de uma sexta extinção em massa nos próximos anos, cenário reforçado pelo Nexo, em uma matéria publicada às vésperas da COP16, realizada em 2024. Nestes artigos, se ressalta que o mundo atual está passando por uma taxa de extinção distante da “normal”, isso ocorre por uma taxa “normal” de extinções ser em torno de 1 por 10.000 espécies em um período de 100 anos, enquanto cientistas estimam que nos últimos anos esta taxa tem sido atingida anualmente. Tamanha diferença entre espécies extintas expõe o impacto das mudanças climáticas e da ação do ser humano na biodiversidade do planeta, principalmente após um período recente de desenvolvimento tecnológico marcado pela ocorrência da revolução industrial.

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Em um outro viés, existem cientistas que afirmam que os dados estimados pelos cientistas para extinções não se aplicam para todo o planeta e possui erros em sua estimativa, segundo um recente estudo científico da revista PLOS Biology. Neste estudo, pesquisadores afirmam que, em estimativas para extinções feitas anteriormente, não foram levados em conta os ambientes em que os animais usados como base para estimar a taxa de extinções foram extintos. Segundo a revista, as espécies extintas no último século foram, em sua maioria, de mamíferos e aves insulares, ou seja, cujas espécies tinha como principal habitats ilhas, locais naturalmente propensos à perda brusca de população para espécies que sejam predadas por espécies invasoras. Por fim, o estudo destacou que a maioria das extinções ocorreu entre 1870 e 1900, logo após a eclosão da Revolução Industrial, tendo reduzido em quantidade nos últimos 100 anos devido a ações de preservação realizadas por governos de todo o mundo.


Portanto, é possível concluir que ainda não entramos em uma sexta extinção em massa, pois não houve redução brusca do número de espécies de todas as famílias ao redor do mundo. Entretanto, é necessário que as medidas de preservação do meio ambiente e restauração de áreas degradadas sejam ampliadas. Por fim, tais medidas devem ser ampliadas para que o planeta esteja com melhores condições climáticas, para a manutenção das espécies presentes e o surgimento de novas que se adaptem ao mundo moderno.



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