A nova sabedoria de Luc Ferry
- Cristian Michelini e Sofia Amaral - 2º ML
- 9 de jul.
- 2 min de leitura
O fundamentalismo religioso é o principal inimigo da república e da democracia, na opinião do filósofo Luc Ferry, defensor da existência de uma espiritualidade laica. Ex-ministro da Educação da França, conhecido em todo o mundo por proibir o uso dos símbolos religiosos em escolas públicas francesas, Ferry diz que criou a polêmica lei para evitar que as crianças se transformassem em pequenos militantes religiosos.
O filósofo é conhecido por afirmar uma ''espiritualidade laica'' que resguarda a herança espiritual das grandes religiões, no entanto, sem defender a necessidade da religião na busca de sentido da vida ou usar essas como instrumento catalizador do ser feliz. Para ele, esse espiritualismo é uma filosofia que vai além da ética e que, de alguma maneira, situa-se depois da religião. Na visão de Ferry, a espiritualidade que conduz uma vida feliz, é possível ser obtida de forma racional.
Em uma das suas publicações mais famosas, ‘’O Homem-Deus: ou o sentido da vida’’, Luc Ferry tem o objetivo de demonstrar as maneiras de enxergar através dos diversos prismas da realidade, levando o leitor à verdade absoluta. Ainda assim, em uma de suas citações o filósofo diz “o significado dessa recusa é abissal: ela revela, na verdade, que o sentido da existência humana não é, não deve ser a busca da vida eterna”.
Ademais, Ferry também é defensor do humanismo secular, que é a filosofia da vida enfatizada na razão. Segundo ele, o homem precisa rejeitar os dogmas para o rompimento com todo o tipo de heteronomia, sendo assim será concedido para o homem a liberdade de escolha e da constituição de si. Além disso, pode-se dizer que após garantir a liberdade de consciência, o homem faz de si um indivíduo esclarecido que não é suscetível a influencias de minorias intelectuais.
O filósofo explora os mitos da Grécia antiga, para apresentar as lições profundas sobre perspectivas da experiência humana. Luc explica que essas utopias são fontes de sabedoria filosófica que podem ajudar na compreensão de si e do mundo. Por isso, associa a sabedoria à capacidade de refletir sobre a própria vida, de entender os desafios existenciais e de encontrar sentido e propósito, através da filosofia, mitologia ou espiritualidade laica.

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