Brasil se destaca como um grande exportador agrícola, Carne, soja, milho e café do brasil
abastecem o mundo, gerando bilhões em receita e impulsionando nosso PIB. No entanto, os mercados que adquirem nossos produtos estão cada vez mais rigorosos: buscam alimentos, sim, mas com responsabilidade ambiental.
Nações como Europa e Estados Unidos, entre outros grandes compradores, intensificaram a
pressão por rastreamento, métodos sustentáveis e respeito aos direitos ambientais e sociais. Legislações, como a nova norma europeia contra o desmatamento, requerem provas de que produtos agrícolas não contribuem para a destruição de matas. Isso impacta diretamente o Brasil, onde o desmatamento ilegal e o uso predatório da terra ainda persistem em várias áreas de produção.
A mensagem do mercado mundial é direta: o agronegócio precisa se adequar ou perderá terreno. E não é um aviso sem fundamento. Vários acordos já foram interrompidos, e empresas globais estão reavaliando suas redes de fornecimento para evitar financiar danos ambientais.
A boa notícia é que existem alternativas sustentáveis e praticáveis, tecnologias de rastreamento, sistemas agroflorestais, agricultura regenerativa e gestão inteligente do solo já estão disponíveis. O desafio reside em ampliar o acesso e o suporte a essas opções, especialmente para pequenos e médios produtores, que frequentemente são excluídos das políticas de incentivo e do financiamento
verde.
No fim das contas, o que está em risco não é somente a imagem internacional do Brasil, mas a própria continuidade econômica do setor. O agronegócio pode é deve ser ecológico, competitivo e responsável. A escolha é clara: ou continuamos a vender para o mundo e a cuidar do nosso ambiente, ou veremos as oportunidades desaparecerem gradualmente.
Não é somente o cliente brasileiro que quer saber a origem do que consome. O mundo inteiro se importa, e está pronto para pagar por isso, ou deixar de fazê-lo.
