Correntes Invisíveis
- Bruna Colmatti e Bernardo Goulart - MC
- 5 de set.
- 1 min de leitura
Outro dia, na TV, um líder estrangeiro sorria e apertava mãos,enquanto falava em “ajuda internacional”. Parecia lindo, quase
ensaiado, como se o mundo fosse um grande espeto. Mas, por trás daquele sorriso, pensei: quantos países ainda vivem sob correntes que não se pode enxergar?
A escravidão, falaram que acabou. Mas quem deve milhões ao FMI, quem entrega seus patrimônios em troca de “ajuda humana”, quem manda sua população trabalhar por migalhas
em indústrias escondidas, não continua preso de outra forma?
Talvez o que muda seja só o figurino. Antes era a chibata, agora é a caneta. Antes era o navio negreiro, hoje é o acordo internacional que só favorece quem já está em cima.
E nós seguimos assistindo, como se fosse normal, como se fosse inevitável. Pois o mundo aprendeu a trocar as correntes de ferro
por correntes de dívida, de dependência, de silêncio.
No fim, a história parece que se repete, só muda o disfarce.
Comentários