
Nascido em 1951 na capital da França, Paris, Luc Ferry foi Ministro da Educação Nacional por três anos durante o mandato de Jacques Chirac. Ele é conhecido por buscar tornar a filosofia acessível ao público geral e, frequentemente, aborda o tema da sabedoria em suas obras e palestras. Além disso, o filósofo é conhecido por afirmar uma ''espiritualidade laica'' que resguarda a herança espiritual das grandes religiões, sem, no entanto, defender a necessidade da religião na busca de sentido da vida. Para ele, esse espiritualismo “é uma filosofia que vai além da ética e que, de alguma maneira, situa-se depois da religião”.
Ademais, o escritor é defensor do humanismo secular, ou seja, a filosofia da vida enfatizada na razão. Segundo Ferry, o homem necessita da rejeição dos dogmas para o rompimento com todo o tipo de heteronomia, assim, será concedido para o ser a liberdade de escolha e da constituição de si. Também, pode-se alegar que após garantir a liberdade de consciência o homem faz de si um indivíduo esclarecido que não é suscetível a influências de minorias intelectuais.
Luc explora a sabedoria antiga, especialmente na filosofia grega, afinal, esta pode oferecer caminhos para uma vida melhor e mais significativa, ajudando as pessoas a lidar com o medo e a encontrar serenidade. Ele explora os mitos da Grécia antiga, mostrando como eles contêm lições profundas sobre a vida, a morte, o amor e outros aspectos da experiência humana. Ferry explica que esses mitos não são apenas histórias, mas também fontes de sabedoria filosófica que podem nos ajudar a entender melhor a nós mesmos e o mundo ao nosso redor. Por isso, associa a sabedoria à capacidade de refletir sobre a própria vida, de compreender os grandes desafios existenciais e de encontrar sentido e propósito, seja através do estudo da filosofia, da mitologia ou da busca por uma espiritualidade laica.
Por fim, a filosofia nos ajuda a refletir sobre valores, moralidade e o sentido da vida, permitindo que cada indivíduo construa sua própria ética e sua própria visão de mundo. Ao estudar diferentes perspectivas filosóficas, podemos enriquecer nossa compreensão sobre o que é certo, errado, justo e injusto, o que é importante para a vida em sociedade e para a tomada de decisões.