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Turismo no Brasil: por que o país não recebe mais turistas?

  • Clara Lopes e Laura Silva - MC
  • 13 de ago.
  • 3 min de leitura

É inegável, para os brasileiros e estrangeiros, a beleza e a riqueza de cultura e diversidade que o maior país da América do Sul apresenta. Essa afirmação pode ser comprovada pela edição de 2025 da revista Condé Nast Traveler, na qual o Brasil ficou no top 3 de países mais bonitos do mundo. Segundo a publicação, nossa posição no pódio se deve à grandiosidade das paisagens brasileiras – da Amazônia às praias paradisíacas, das montanhas aos centros urbanos vibrantes. Desse modo, qualquer um pensaria que devido a essa grandiosidade e encanto o Brasil seria, se não o primeiro, um dos países mais visitados por turistas no mundo. Entretanto, a realidade mostra algo muito diferente dessa lógica, sendo que o país não alcança o top 10 constituído por França, Espanha, Estados Unidos, Itália, Turquia, México, Reino Unido, Alemanha e Áustria. Ainda que essa notícia seja bastante desanimadora, a ONU Turismo divulgou que nosso país tropical está entre os países com maior crescimento no turismo internacional, ocupando a segunda posição em termos de número de visitantes estrangeiros, trazendo destaque para a nação.


Assim, nem tudo é desencorajador e triste, pois o país está passando por um processo constante de incentivo ao turismo, que está surtindo um bom efeito. Todavia, a pergunta que

fica ecoando no subconsciente é: por que o Brasil, tão afortunado, não recebe tantos

turistas? E se estão tentando, e conseguindo, alavancar essa prática, o que está sendo

feito?


Sobre a primeira pergunta, ela embarga temas como problemas econômicos, de infraestrutura e de segurança, porém a resposta vai bem além desses velhos dilemas, uma vez que países latinoamericanos apresentam os mesmos obstáculos e ainda assim recebem mais turistas, no caso do México, nove vezes mais. A imagem do Brasil no exterior é ruim, e é prejudicada por questões como desmatamento, desigualdade social e corrupção; e a falta de comunicação e organização do Ministério do Turismo para uma propaganda eficaz. Em relação aos empecilhos tradicionais, a violência, especialmente em áreas

urbanas, afeta a percepção de segurança e afasta turistas; a falta de investimentos em

infraestrutura, como transporte aéreo e rodoviário, dificultando o acesso a diversas regiões turísticas e encarecendo as viagens, em combinação com a barreira linguística, com poucos brasileiros falando outras línguas além do português, pode ser um obstáculo para os

estrangeiros.


Já sobre a segunda pergunta, o Brasil tem implementado diversas ações para estimular o

turismo, tanto nacional quanto internacional, com foco na retomada segura e responsável,

na distribuição de turistas pelo país e no desenvolvimento de novos roteiros. Alguns

projetos já estão em andamento, como o incentivo ao turismo regional, promoção do

turismo sustentável (principalmente agora com a COP 30), investimentos em infraestrutura,

integração do turismo com outras atividades, marketing digital e campanhas publicitárias

mais atrativas, dentre outras diversas iniciativas. Vale destacar o programa "Novas Rotas" da Embratur, “A ideia é mostrar ao mundo que o Brasil é muito mais do que seus cartões-postais tradicionais. Queremos revelar novas paisagens, culturas e experiências, de

forma sustentável, inteligente e inovadora”

, afirma o presidente da Embratur, Marcelo

Freixo. “Esse é um passo importante para descentralizar o turismo internacional e gerar

desenvolvimento em todas as regiões do país”, completa.


No fim, o que o país precisa é de tempo para que todas essas ações sejam

bem-sucedidas e uma organização mais assertiva. Desconsiderando isso, nosso país

esbanja potencial para bater de frente com certos países (alguns europeus frios, sem sal,

nublados e depressivos)

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