Taiwan e a independência da China
- Isadora Horta e Sophia Cândido - 2ºMC
- 8 de out.
- 2 min de leitura
China e Taiwan são dois territórios asiáticos que se encontram em meio a uma disputa geopolítica que se prolonga há décadas. Taiwan é uma ilha localizada a sudeste da costa chinesa e que apresenta um governo autônomo. Esse território luta pela sua independência, buscando o reconhecimento internacional do seu país. A China, em contrapartida, considera Taiwan uma parte inseparável de seu território, tendo, inclusive, decretado a Lei Antisecessão (2005), que reforça a sua posição de comando em relação a Taiwan.
Taiwan é uma ilha banhada pelo Oceano Pacífico e separada da China pelo Estreito de Taiwan. A maioria da população se autodeclarada taiwanesa ou taiwanesa e chinesa. O governo da ilha é autônomo, com sede na cidade de Taipei. A proximidade entre Taiwan e China conectou ambos os territórios no decorrer da história. Na segunda metade do século XVII, seguida da conquista da Manchúria os chineses estabeleceram uma autoridade local em Taiwan e ampliaram a sua presença
na ilha. Em 1885, Taiwan foi declarada como sendo uma província pertencente à China. A ilha se tornou, então, a 20ª província da China. O território de Taiwan foi cedido ao Japão por meio da assinatura do Tratado de Shimonoseki, porém Taiwan foi retomada pela República da China ao final da Segunda Guerra Mundial. A China estava em uma intensa guerra civil que se
estendeu de 1948 e 1949. Foi durante esse conflito que as relações entre China e Taiwan
se alteraram profundamente, chegando até a atual situação das disputas.
O governo da República da China teve continuidade em Taiwan de forma autônoma,
tendo como líder Chiang Kai-shek até meados da década de 1970. Entretanto, a República Popular da China (RPC) manteve o status da ilha como sendo uma província pertencente à China e, portanto, não reconheceu a sua autonomia política. A República Popular da China (RPC) argumenta que historicamente Taiwan é parte do território chinês e leva em consideração o princípio “Uma Só China”, segundo o qual a China é um corpo político-territorial único e inclui Taiwan e o Tibete como sendo parte integrante da sua jurisdição. O contra-argumento utilizado por Taiwan é de que a ilha não fez parte da história moderna do Estado chinês, estabelecido depois do fim da era imperial e, sobretudo, depois da instauração da República Popular da China.
Atualmente Taiwan tem governo próprio, eleições livres e economia forte, mas não é
reconhecida como país independente pela ONU, por pressão da China e muitos países
não reconhecem oficialmente Taiwan, mas mantêm relações econômicas e culturais
informais. A China tem aumentado a presença militar perto de Taiwan, fazendo exercícios
e voos de aviões de guerra na região, além disso os EUA apoiam Taiwan com armas e tecnologia militar, o que irrita Pequim e afasta mais os estudos unidos da China. Taiwan é fundamental para a economia mundial por produzir a maioria dos chips eletrônicos usados em tecnologias modernas, tornando essa disputa um dos pontos mais sensíveis da política internacional atual.





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