Quando a fábrica domina o homem: O mundo moderno aos olhos de Charlie Chaplin
- Lucas Catalão e Miguel Henrique - 2º ML
- 18 de jun.
- 2 min de leitura
Em "Tempos Modernos", uma comédia dirigida e protagonizada por Charlie Chaplin, somos convidados a uma profunda reflexão sobre a industrialização descontrolada e seus impactos na vida e no trabalho das pessoas. Lançado em 1936, o filme aborda questões atuais, como a robotização do trabalho, as disparidades sociais e a luta por uma existência digna em tempos difíceis.
Chaplin volta a interpretar seu famoso personagem, o Vagabundo, vivendo em um mundo de fábricas, máquinas e trabalhos repetitivos. Uma das cenas mais marcantes é quando ele é praticamente engolido por uma máquina, mostrando como as pessoas podem perder sua identidade diante de um sistema de produção implacável. Apesar de quase não falar, o filme marca o fim de uma era do cinema mudo. A história é transmitida com muita expressividade, usando gestos, o corpo e a música, que foi criada pelo próprio Chaplin.
Ao lado de Paulette Goddard, que interpreta uma jovem órfã com quem ele tenta construir uma família, o Vagabundo enfrenta dificuldades como falta de emprego, fome e perseguição policial. Mesmo assim, ele mantém a esperança e o desejo de ajudar os outros. O final, que deixa espaço para diferentes interpretações, reforça a importância de não desistir, que mesmo em um mundo difícil, as pessoas ainda podem sonhar e lutar pelos seus sonhos.
Ao destacar o contraste entre o humor e a crítica social, o texto mostra que Tempos Modernos não é apenas para rir, mas também para refletir. A ideia de que o personagem “é engolido pela máquina” funciona tanto literal quanto simbolicamente, e reforça a mensagem principal do filme.
No fim das contas, "Tempos Modernos" é mais que uma simples comédia, é uma forma de protesto contra a alienação e um pedido por mais humanidade em meio ao progresso dos tempos modernos.

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