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Polímeros, os vilões do século XXI?

  • Maria Luiza e Yuri Vinícius - 2ºML
  • 20 de ago.
  • 4 min de leitura

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O uso de polímeros não é algo recente: desde a antiguidade são usados materiais desse tipo, porém apenas em sua forma natural, como couro, lã e borracha. Foi só em 1934 que a síntese artificial de polímeros começou, um processo que requer alta tecnologia.  


A partir da década de 1960, a modernização das embalagens industriais trouxe um agravamento de um grande problema ambiental. Antes disso, as embalagens eram feitas de materiais mais simples, como papel, papelão, latas e vidro. A revolução veio com a implementação das embalagens plásticas, que são feitas a partir de polímeros. Desde então, o seu uso tem se tornado cada vez mais frequente na sociedade, como em garrafas plásticas, sacolas de mercado ou tintas para paredes.


Essas embalagens plásticas ganharam popularidade por serem baratas, flexíveis, resistentes a impactos e impermeáveis, substituindo rapidamente as embalagens antigas e hoje em dia  sendo usadas em larga escala. 


O principal desafio é o descarte indevido desses materiais. O plástico leva de 100 a 150 anos para se degradar na natureza. Por isso, quando descartado em aterros sanitários ou em locais inadequados, ele se acumula, causando poluição em rios, lagos e solos, o que pode agravar problemas como enchentes. O fato de não serem biodegradáveis faz com que se acumulem no ambiente conservando por muitos anos suas propriedades físicas, já que possuem elevada resistência. A poluição por plástico é uma preocupação global e uma grande questão ambiental no Brasil. 


Materiais poliméricos, como as garrafas PET, geram problemas ambientais porque são descartáveis e consumidos, principalmente, fora de casa, em espaços públicos, facilitando o descarte indevido e a não reciclagem desses produtos.  


De acordo com a PNUMA, WFF, Earth.org e a Center for Biological Diversity, atualmente mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas por ano, e 91% desse material não é reciclado. Grande parte disso acaba poluindo o meio ambiente. A poluição causada por plásticos mata mais de 100 mil mamíferos marinhos e 1 milhão de aves marinhas anualmente, que ingerem ou se enroscam no lixo. Microplásticos já foram detectados em órgãos humanos, e substâncias tóxicas presentes no plástico podem contaminar a água e causar problemas de saúde. O problema abordado é constante e precisa de medidas para sua solução antes que a situação fique irreversível e a reciclagem pode ser essa salvação. 

Os plásticos são materiais feitos principalmente de polímeros sintéticos e infelizmente são responsáveis por poluir diversos locais. Para a reciclagem é importante a identificação de cada um desses plásticos, como: 


Tereftalato de polietileno (PET ou PETE) 

O PET, um plástico comum usado em garrafas, é leve e transparente. Embora seja reciclável, sua produção usa petróleo, uma fonte não renovável, e sua reciclagem é difícil quando misturado com outros materiais. 


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Polietileno de alta densidade (PEAD) 

O PEAD é um plástico forte e leve, usado em embalagens de produtos de limpeza e sacolas. Ele pode ser reciclado e é produzido tanto a partir de petróleo quanto de fontes vegetais (o chamado plástico verde).


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Policloreto de Vinila ou cloreto de vinila (PVC) 

O PVC é um plástico rígido e resistente, usado em tubos e janelas. Sua reciclagem é simples se for bem separado, mas ele contém dioxina, uma substância tóxica que pode causar riscos à saúde. 


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Polietileno de baixa densidade (PEBD) 

O PEBD é um plástico similar ao PEAD, usado em sacolas e produzido a partir de petróleo ou plantas. Sua principal diferença é que ele possui menor cristalinidade, o que faz com que seu ponto de fusão seja mais baixo.


 

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Polipropileno (PP) 

O PP é um plástico usado em embalagens de alimentos por ser resistente e preservar o aroma. A variação BOPP é um plástico metalizado, comum em pacotes de salgadinhos, mas que é difícil de reciclar. 


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Poliestireno (PS)

O Poliestireno (PS) é um plástico reciclável, leve e barato, conhecido por seu isolamento térmico e por se tornar maleável com o calor. É usado principalmente em potes de iogurte e sorvete. 


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A reciclagem dos materiais citados acima são uma importante forma de minimizar os problemas causados pelo seu descarte indevido. 

A reciclagem dos plásticos podem ser feitas de 3 maneiras diferentes: 


Reciclagem mecânica:  

A reciclagem mecânica de plástico é um processo que transforma resíduos plásticos em novos materiais. O processo consiste em: 

Triagem e limpeza: Seleção e higienização dos plásticos. 

Secagem: Remoção da umidade com ar quente. 

Trituração e granulação: O plástico é cortado em pequenos pedaços ou grânulos. Reutilização: Os grânulos são a matéria-prima para a fabricação de novos produtos.


Reciclagem Química 

A reciclagem química despolimeriza o plástico, convertendo o polímero de volta aos seus monômeros ou a polímeros menores. 

Esse processo é amplamente usado para produzir matéria-prima em refinarias e indústrias petroquímicas. Uma de suas grandes vantagens é a capacidade de processar diferentes tipos de plásticos ao mesmo tempo, além de outros materiais, como tintas e papéis. 


Recuperação Energética 

A recuperação energética é um tipo de reciclagem que utiliza o plástico como combustível em processos térmicos para gerar energia elétrica e térmica. Esse método ajuda a criar novas fontes de energia e contribui para a gestão do lixo urbano. 

Embora não seja praticado no Brasil, esse processo é comum em mais de 35 países, que utilizam cerca de 750 usinas para tratar mais de 150 milhões de toneladas de lixo urbano anualmente. Isso resulta na geração de cerca de 10.000 MW de energia elétrica e térmica.

A poluição por plásticos é um problema global crescente, com consequências graves para o planeta e seus oceanos, medidas como as descritas acima podem ajudar a solucionar esse problema. 


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Referências:  

PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE. Relatório da ONU aponta soluções para reduzir a poluição plástica. 16 maio 2023. Disponível em: https://www.unep.org/pt br/noticias-e-reportagens/comunicado-de-imprensa/relatorio-da-onu-aponta-solucoes-para reduzir. Acesso em: 9 ago. 2025. 

WWF-BRASIL. Poluição plástica nos oceanos quadruplicará até 2050. 25 abr. 2022. Disponível em: https://www.wwf.org.br/?82290/Poluicao-plastica-nos-oceanos-quadruplicara-ate-2050- aponta-estudo. Acesso em: 9 ago. 2025. 

EARTH.ORG. 8 Plastic Pollution Statistics to Know About. [S. l.], 25 maio 2024. Disponível em: https://earth.org/plastic-pollution-statistics/. Acesso em: 13 ago. 2025. 

CENTER FOR BIOLOGICAL DIVERSITY. Ocean Plastics Pollution. [S. l.], [entre 2018 e 2024]. Disponível em: https://www.biologicaldiversity.org/campaigns/ocean_plastics/. Acesso em: 13 ago. 2025. 

SOUZA, Líria Alves de. Polímeros e poluição. [S. l.], [2022]. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/polimeros-poluicao.htm. Acesso em: 13 ago. 2025. 

SOPRANO. Sustentabilidade: como os polímeros podem ser os aliados nesta causa. [S. l.], 16 set. 2021. Disponível em: https://www.soprano.com.br/blog/sustentabilidade-como-os-polimeros-

podem-ser-os-aliados-nesta-causa. Acesso em: 13 ago. 2025. 

SOUZA, Líria Alves de. Polímeros e poluição. [S. l.], [2022]. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/polimeros-poluicao.htm. Acesso em: 9 ago. 2025.


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