A urbanização desordenada é um desafio enfrentado pelas grandes cidades, principalmente no Brasil. A urbanização acontece quando o crescimento urbano se dá de forma rápida, desorganizada e com a ausência de um planejamento adequado por parte do estado. Consequentemente, ocorre o surgimento de bairros inteiros construídos de forma irregular, onde geralmente ficam sem acesso a serviços básicos como saneamento básico, transporte público e coleta de lixo, aumentando a desigualdade social.
Além de impactos sociais, a urbanização desorganizada contribui para o crescimento de
problemas ambientais. A ocupação de áreas de risco, como encostas com risco de
desabamento e margens de rios, aumenta a vulnerabilidade dos moradores quando se fala de desastres naturais. A retirada da vegetação para construções irregulares dificulta a absorção
da água da chuva, provocando um aumento no risco de desabamento. Ao mesmo tempo, a
diminuição das áreas verdes e o excesso de construções contribuem para o surgimento das
chamadas ilhas de calor, que tornam o clima urbano ainda mais seco e quente.
Outro efeito da urbanização desordenada é a sobrecarga dos serviços públicos, visto que, à
medida que a população urbana cresce rapidamente e de forma desorganizada, escolas,
hospitais, transporte e segurança passam a não dar conta da demanda, ocasionando filas,
superlotação, aumento na demora nos atendimentos e queda na qualidade dos serviços oferecidos aos cidadãos, levando á procura de serviços privados, causando um aumento na despesa mensal.
A mobilidade urbana também sofre com esse crescimento desorganizado, que ocasiona o
aumento do número de veículos nas ruas, que combinado com a falta de planejamento no
sistema rodoviário, gera congestionamentos, aumento na poluição do ar e o aumento do tempo no necessário de ir, por exemplo, do trabalho para casa. O transporte público acaba sendo insuficiente ou ineficiente, obrigando a população a buscar alternativas mais caras, como veículos pessoais. Isso afeta não só a rotina das pessoas, mas também a produtividade das cidades e a sanidade mental dos cidadãos, que passam horas no trânsito todos os dias.
Vendo esses impactos, é essencial que as prefeituras invistam em planejamento urbano e
políticas públicas que priorizem o crescimento ordenado e sustentável, garantindo moradia
regular, infraestrutura de qualidade, transporte eficiente e preservação do meio ambiente.
Planejar a expansão das cidades de forma inteligente e inclusiva é o caminho para reduzir
desigualdades, proteger o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida da população urbana.Sem esse cuidado, os problemas provocados pela urbanização desordenada continuarão a crescer e comprometer as grandes cidades.