O Reconhecimento Mundial do Queijo Minas

Quando se fala no estado de Minas Gerais, um dos primeiros pensamentos das pessoas é sobre sua culinária invejada por todo o Brasil, sendo uma das grandes marcas da cultura mineira. E quando se trata de culinária mineira, um elemento indispensável é o queijo. Sendo considerada a “Terra do Queijo”, o estado de Minas é líder da produção dessa iguaria, possuindo 25% da produção nacional, fazendo assim com que comidas típicas derivadas desse alimento, como o Pão de Queijo, tornem-se referência em todo o país.

Outro exemplo da referência mineira em relação à produção de queijo é o Queijo Minas Artesanal, sendo esse não só uma das várias saborosas comidas mineiras, mas também uma tradição de séculos, sendo presente há mais de 300 anos atrás, simbolizando assim uma das mais importantes atividades econômicas da agricultura familiar mineira, além de ser popular e bastante apreciado em todo o território nacional. Assim, como consolidação de toda essa importância, o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) apresentou a candidatura para o reconhecimento do modo de fazer do Queijo Minas como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

Após esse requerimento, a UNESCO fez a avaliação por pouco mais de 1 ano, e assim em Assunção, capital do Paraguai, em dezembro de 2024, o modo de preparação do Queijo Minas Artesanal foi oficialmente reconhecido pela UNESCO como Patrimônio, sendo assim o primeiro alimento brasileiro a ser tombado na organização mundial.

Esse modo de preparo consiste na utilização de leite cru, sendo feita de modo manual, sem utilizar nenhum processo mecânico, justificando assim o porquê de ser um Queijo Artesanal. Dessa forma, o sabor é conservado e preservado durante o processo. O elemento mais valorizado na produção é o próprio leite, sendo rigorosamente testado e pouco alterado, recebendo apenas o pingo e o coalho após a ordenha. A produção somente é levada para a fábrica após essa etapa, para tomar forma do queijo e terminar sua fabricação.

Por fim, percebe-se o quanto é essencial o reconhecimento mundial de uma das suas principais marcas da culinária mineira, provocando assim, não só sua preservação, mas também a sua expansão ao ser eternizado por um órgão mundial, fortalecendo ainda mais um forte símbolo enraizado no povo mineiro.