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O preço humano do progresso

  • Vitória Dionísio e Isa Correia - 2º ML
  • 14 de nov.
  • 1 min de leitura

A Revolução Industrial representou um marco no desenvolvimento econômico e tecnológico da humanidade, mas também trouxe profundas consequências sociais. O filme Tempos Modernos, de Charlie Chaplin, retrata de forma crítica e simbólica os impactos desse período sobre os trabalhadores, mostrando como o avanço das máquinas nem sempre foi acompanhado pelo respeito à dignidade humana.

Na obra, Chaplin interpreta um operário que trabalha em uma linha de montagem repetitiva e exaustiva, controlada pelo ritmo das máquinas. Essa cena ilustra a desumanização do trabalho durante a Revolução Industrial, em que os operários eram tratados como meras peças do sistema produtivo. O filme evidencia que o progresso industrial, embora tenha impulsionado a economia e a modernização, gerou jornadas longas, baixos salários e condições precárias, fazendo com que o trabalhador perdesse sua individualidade.

Além disso, Chaplin denuncia o contraste entre a promessa de prosperidade do sistema industrial e a realidade vivida pela classe operária. O personagem principal, mesmo buscando trabalho e sobrevivência, enfrenta a fome, o desemprego e a desigualdade — problemas que refletem a exploração trabalhista iniciada no século XIX e que ainda persistem, em diferentes formas, no mundo contemporâneo.

Portanto, Tempos Modernos não é apenas uma comédia, mas uma crítica profunda ao modelo de produção nascido com a Revolução Industrial. A obra de Chaplin demonstra que o verdadeiro progresso não pode ser medido apenas pelo avanço das máquinas, mas também pela capacidade da sociedade de garantir condições dignas e humanas de trabalho.


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