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Impactos do turismo na preservação do patrimônio histórico

  • Cecília e Maria Paula - MT
  • 8 de ago.
  • 2 min de leitura
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O termo patrimônio histórico e cultural se refere a todos os bens materiais ou imateriais que formam a história e cultura de uma nação. Instituições como o IPHAN e a UNESCO fazem um trabalho essencial de tombamento dessas riquezas para que a sua preservação seja garantida. Dentro dos bens materiais tombados pode-se citar monumentos arquitetônicos, obras de arte, objetos e documentos históricos. Alguns exemplos de patrimônios históricos materiais presentes no Brasil são as ruínas de São Miguel das Missões (RS), o Cristo Redentor (RJ) e cidades históricas, como Ouro Preto, Mariana e Sabará. Esses bens são extremamente importantes para a sociedade, pois eles são o fruto de gerações e resultado de anos de civilização, assim sendo considerado o maior sinal de preservação da identidade cultural, histórica, arquitetônica e artística de um povo.


O turismo é economicamente importante para muitas regiões que têm riquezas atrativas ao público e está intrinsecamente relacionado ao patrimônio material ou imaterial dessas áreas, também sendo valioso ao dar destaque a culturas e tradições que não podem ser esquecidas. Entretanto, seja por falta de conhecimento do seu valor, seja intencionalmente, ainda ocorrem diversos casos de vandalismo e destruição de patrimônios tombados no Brasil, principalmente por parte de turistas. Esse ataque contra bens históricos é caracterizada como crime qualificado pelo Código Penal, e a pena pode ser desde multas e indenizações até detenções, uma vez que tais infrações levam ao apagamento cultural e causam prejuízos econômicos para a recuperação dos danos.


Há ainda um segundo cenário, no qual o vandalismo não é o principal problema, mas a própria presença dos turistas. Como motor de uma atividade econômica, o patrimônio pode passar a sofrer com a presença excessiva de pessoas por questões naturais. A Caverna de Lascaux, na França, por exemplo, foi aberta ao público em 1948, mas poucos anos depois teve de ser fechada, pois a manutenção das pinturas rupestres em seu interior estava sendo prejudicada pelos impactos dos mais de mil visitantes que ela chegava a receber por dia, como a umidade, o calor e o dióxido de carbono.


Ademais, pode-se citar vários episódios de destruição de patrimônios históricos ocorridos no Brasil, como a pichação realizada no monumento do Cristo Redentor no ano de 1991 por turistas de 17 anos. Além do ocorrido com o monumento, o grupo de jovens também sujou a base da Capela de Nossa Senhora Aparecida e outros locais públicos. Assim, conclui-se que o vandalismo realizado por turistas em monumentos históricos ocorre em diversas partes do mundo e impacta fortemente a cultura do país, pois promove uma desconstrução da identidade nacional.


Dessa forma, percebe-se que o turismo é uma atividade muito valiosa econômica, social e culturalmente, todavia deve ser realizado com consciência e responsabilidade, tanto por parte dos visitantes de uma localidade, quanto pela autoridade que oferta a atração, já que o patrimônio de um povo constrói a sua marca no mundo e a destruição ou danificação deste é uma agressão à identidade desse grupo.



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