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Fakes News nas midias sociais

há 4 horas

2 min de leitura

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Ao longo dos séculos, boatos, informações e notícias foram distorcidas e utilizadas

como instrumentos de manipulação e controle, com o objetivo de enganar, influenciar

opiniões ou provocar polaridade na sociedade. Apesar de não serem um fenômeno

recente, as Fakes News ganharam alcance global com o avanço da internet e das

redes sociais. Um exemplo relevante ocorreu em 2003, quando os Estados Unidos

lideraram uma invasão ao Iraque sob a justificativa de que o país possuía armas de

destruição em massa, armamentos que posteriormente nunca foram encontrados.

Esse episódio revelou como informações falsas podem ser manipuladas para

justificar ações graves e influenciar decisões políticas de grande impacto.


Os impactos das fake news tornaram-se ainda mais evidentes durante a eleição

presidencial dos Estados Unidos em 2016, quando notícias falsas foram divulgadas

nas redes sociais, influenciando a opinião pública e favorecendo a polarização

política. Diversas fakes news criadas com aparência de informação jornalística, foram

compartilhados por milhões de usuários, espalhando boatos sobre os candidatos e

distorcendo fatos para favorecer um lado. Estima-se que essas publicações tenham

alcançado mais visualizações do que as notícias verdadeiras naquele período, o que

comprometeu o processo democrático e acendeu um alerta global sobre os perigos

da desinformação em contextos eleitorais


Os efeitos da desinformação se mantêm até os dias atuais, ultrapassando o campo

político. Durante a pandemia da COVID-19, por exemplo, fake news sobre vacinas,

tratamentos ineficazes e teorias conspiratórias causaram mais caos alimentando

movimentos antivacina e dificultando o controle da crise sanitária. Além disso, a

internet favorece a circulação de boatos por meio de redes sociais, muitas vezes sem

saber da veracidade. Nesse contexto, o combate às fake news não depende apenas

de ações governamentais ou tecnológicas, mas também de uma sociedade mais

crítica e consciente de seu papel na construção da verdade.


Outro aspecto preocupante das fake news é o seu impacto sobre grupos vulneráveis,

que muitas vezes se tornam alvos de discursos de ódio ou teorias conspiratórias.

Minorias étnicas, religiosas, de gênero ou imigrantes frequentemente são retratadas

de forma distorcida, alimentando preconceitos e legitimando práticas

discriminatórias. Esse tipo de desinformação não apenas reforça estigmas históricos,

mas também pode estimular ações violentas e a exclusão social, ampliando

desigualdades e dificultando o avanço de uma convivência mais justa e plural.


Para enfrentar esse cenário, é essencial investir em educação midiática desde os

primeiros anos escolares, estimulando a capacidade crítica de analisar, interpretar e

verificar informações. A alfabetização digital deve ser compreendida como ferramenta

indispensável à cidadania, capacitando indivíduos a reconhecerem fontes confiáveis,

desconfiarem de conteúdos sensacionalistas e compreenderem o papel dos

algoritmos na disseminação de conteúdo. Apenas com uma população informada e

crítica será possível resistir aos efeitos nocivos da desinformação e fortalecer os

pilares da democracia e da convivência social.



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