Escravos do Wi-Fi
- Bernardo e Bruna - 2ºMC
- 7 de nov.
- 1 min de leitura
Falamos “nossa, ainda bem que não nasci na época da escravidão”, mas aí ficamos por bom tempo presos em uma tela esperando a notificação que nunca vem. Liberdade é poder
escolher o que fazer com o tempo, né? E quando foi a última vez que realmente escolhemos?
Parece exagero, mas acordamos e a primeira coisa é ver o celular. Dormimos e a última coisa também é o celular. O corpo está na cama, mas a cabeça está rolando feed. “Ah, mas é só
entretenimento”, os escravos também tinham momentos de distração só que o dono ainda era outro.
Hoje, o senhor de engenho é o algoritmo. Ele não bate, manipula. Ele não grita, mas te chama com uma notificação piscando. Conteúdo, engajamento, opinião instantânea. Ele decide o que a gente vê, o que a gente sente, até o que a gente acredita. E o pior: a gente agradece





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