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Cirurgia Guiada por Laser: Avanços e Aplicações na Medicina

  • Júlia Leal David MT
  • 27 de ago.
  • 3 min de leitura

Precisão, inovação e segurança nos procedimentos cirúrgicos

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Desde os primeiros estudos, lasers de baixa potência têm sido usados ​​em aplicações diagnósticas e terapêuticas em uma ampla variedade de áreas médicas. No entanto, esta modalidade de terapia continua a ser altamente controversa devido à incerteza quanto ao mecanismo de ação pelo qual a terapia é alcançada e à falta de protocolos de consenso para certas aplicações devido ao grande número de parâmetros (por exemplo, frequência, energia, tempo de tratamento, posicionamento) que podem ser selecionados. Desde a década de 1980, os pesquisadores estudam os efeitos da hipertermia induzida por laser e as alterações no tecido cerebral, meninges e vários tecidos tumorais em modelos experimentais. 


O efeito do laser no tecido depende da intensidade e do comprimento de onda da luz usada, das características de absorção do tecido e de várias respostas biológicas à energia do laser. Um aumento na intensidade da energia do laser aplicada aos tecidos fornece uma gama de mudanças do ponto de contato mais próximo ao tecido, onde ocorrem os efeitos mais destrutivos, até as áreas mais distantes, onde a luz do laser de baixa energia pode causar um efeito bioestimulador. Diferentes tipos de lasers têm aplicações específicas devido aos seus comprimentos de onda exclusivos, que resultam em várias profundidades de penetração no tecido antes que ocorra a vaporização das camadas superficiais.


LASERS CIRÚRGICOS

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Um dos tipos mais comuns é o Laser de CO₂ (dióxido de carbono), que emite luz em um comprimento de onda de aproximadamente 10.600 nm. Este laser é altamente absorvido pela água, tornando-o eficaz para cortar e vaporizar tecidos moles. Ele produz um feixe de luz que pode ser focalizado em um ponto muito pequeno, permitindo cortes precisos. O laser de CO₂ é amplamente utilizado em procedimentos dermatológicos, como remoção de lesões cutâneas, cicatrizes e rugas, além de ser comum em cirurgias otorrinolaringológicas e odontológicas.


O Laser Er:YAG (Erbium: Yttrium-Aluminum-Garnet) emite luz em um comprimento de onda de aproximadamente 2.940 nm, sendo altamente absorvido pela água, o que o torna eficaz para procedimentos em tecidos moles, como pele e mucosas. Ele permite cortes precisos e controlados, minimizando o dano térmico aos tecidos adjacentes, o que resulta em vaporização e remoção de camadas finas de tecido. Suas aplicações incluem resurfacing da pele, remoção de cicatrizes e rejuvenescimento facial na dermatologia, além de remoção de cáries na odontologia.



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Outro tipo importante é o Laser de Nd:YAG, que emite luz em um comprimento de onda de aproximadamente 1.064 nm. Este laser penetra mais profundamente nos tecidos, sendo eficaz em tecidos mais densos. Ele pode ser utilizado em modo contínuo ou pulsado, dependendo da aplicação. O laser de Nd:YAG é frequentemente utilizado em cirurgias vasculares, como a remoção de varizes, e em procedimentos oftalmológicos, como capsulotomia após cirurgia de catarata.


Por fim, o Laser de argônio, que emite luz azul e verde em comprimentos de onda de aproximadamente 488 nm e 514 nm, é utilizado principalmente em oftalmologia e dermatologia. Ele é eficaz em tecidos pigmentados, permitindo tratamentos direcionados, como a fotocoagulação da retina e a remoção de lesões pigmentadas.


CONCLUSÃO


A cirurgia guiada por laser constitui uma inovação tecnológica que redefine os padrões de precisão e segurança nos procedimentos médicos. Embora apresente desafios relacionados ao custo e treinamento, seus benefícios em termos de redução de invasividade e recuperação acelerada são indiscutíveis. O futuro aponta para uma integração ainda maior com tecnologias digitais, aumentando a eficácia e segurança da prática cirúrgica.


REFERÊNCIAS

[1]PMC5691557. Laser application in neurosurgery. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5691557/#sec1-2. Acesso em: 26 ago. 2025.

[2]TUASAÚDE. Laser de CO₂ fracionado: o que é, para que serve e como é feito. Disponível em: https://www.tuasaude.com/laser-de-co2-fracionado/. Acesso em: 26 ago. 2025.

[3]SCIELO. Laser de CO₂ fracionado: o que é, para que serve e como é feito. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbcp/a/5Yj9krXHNW94t3PSwfmXycC/?format=html&lang=pt. Acesso em: 26 ago. 2025.

[4]CLÍNICA ASPERTI. Cirurgia refrativa guiada. Disponível em: https://clinicaasperti.com.br/cirurgia-refrativa-guiada/. Acesso em: 26 ago. 2025.

[5]BRAZILIAN JOURNALS. Laser application in neurosurgery. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/download/74768/52084/184605. Acesso em: 26 ago. 2025.

[6]ND MAIS. Cirurgia refrativa a laser para correção de grau: quem pode fazer, benefícios e riscos. Disponível em: https://ndmais.com.br/saude/cirurgia-refrativa-a-laser-para-correcao-de-grau-quem-pode-fazer-beneficios-e-riscos/. Acesso em: 26 ago. 2025.

[7]REVISTA IMPLANT NEWS. Cirurgia guiada. Disponível em: https://revistaimplantnews.com.br/tag/cirurgia-guiada/. Acesso em: 26 ago. 2025.




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