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Café Frio e Fronteiras Quentes

  • Bruna Colmatti e Bernardo Goulart - MC
  • 10 de out.
  • 1 min de leitura

O noticiário estava ligado, mas a ninguém importava muito. As manchetes falavam de "tensões internacionais", “alianças estratégicas", "conflitos de interesse". Palavras sérias, dessas que se cabem em conferências, mas não no bolso de quem só queria um café quente para sair pro trabalho.


Lá fora, o mundo rodava estranho, alguns países lutando por território, outros fingindo se manter alheio à guerra enquanto vendiam armas por descontos. O barista distraído falava que o café mais caro foi porque houve uma guerra longe. Engraçado: a guerra está longe de nós, mas o aumento está perto.


Em meio à desordem, ninguém percebe que a geopolítica se insinua nas coisas do cotidiano. Está no preço do pão, na falta de gasolina, na notícia que a gente faz de não entender captar. Toda tomada de decisão de gabinete, toda reunião diplomacia, interfere no supermercado da esquina.


E enquanto isso, seguimos discutindo futebol, trânsito e a vida como se o mundo não estivesse sempre prestes a explodir. Talvez sim. Mas o café já esfriou, e a gente ainda não aprendeu a esquentar o que realmente importa.

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