Arroz no Brasil hoje: de onde vem, quanto produzimos e por que o preço caiu
- Sofia Pietra e Maria Eduarda Gomes - 2º ML
- 24 de set.
- 2 min de leitura
O arroz que chega ao nosso prato é produzido em quase todo o Brasil, mas a maior parte vem do Rio Grande do Sul, onde as lavouras são, em sua maioria, irrigadas. Esse manejo com água controlada ajuda a planta a se desenvolver de forma uniforme e aumenta a produtividade. Em 2025, o estado bateu um recorde histórico: 9.044 kg por hectare, o maior já registrado localmente, sinal de tecnologia e acompanhamento técnico funcionando no campo.
Saindo do estado e olhando o país, a safra 2024/25 de arroz veio maior. A Conab aponta colheita acima de 12 milhões de toneladas, resultado de mais área e melhor rendimento nas regiões produtoras. Essa oferta mais confortável ajuda a explicar por que, em 2025, o consumidor passou a perceber alívio no carrinho: em agosto, a inflação oficial (IPCA) ficou -0,11%, com queda no grupo de Alimentação e bebidas, onde o arroz está incluído. Ou seja, produção mais alta conversando com preços mais comportados para as famílias.
Entre um ciclo e outro, quando o clima aperta ou a logística falha, o governo costuma agir para evitar desabastecimento. Em junho de 2024, houve um leilão para compra de arroz importado, que acabou anulado dias depois para ajuste de regras e, em 2025, a política caminhou por trilhas mais clássicas, como Contratos de Opção de Venda (COV) e AGF/PGPM para dar piso de preço ao produtor, além da retomada dos estoques públicos de arroz após 11 anos sem o grão nos armazéns da Conab. Esse “colchão” dá previsibilidade ao campo e estabilidade ao consumidor enquanto a nova safra chega ao mercado.
No fundo, nada disso é sorte: o desempenho vem de sementes melhores, monitoramento de água, rotação de culturas (muitos produtores alternam arroz e soja nas terras baixas) e assistência técnica constante, o que ajuda a colher mais, perder menos e enfrentar melhor o clima. Com produção maior e instrumentos de estabilização reativados, o arroz tende a continuar presente e com preço mais estável no prato do brasileiro, enquanto produtores ganham previsibilidade para investir no próximo ciclo.






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