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A Química dos Doces de Halloween: Sustos e Reações Açucaradas

  • Maria Eduarda Lima e Mariana de Castro - MC
  • 5 de nov.
  • 2 min de leitura

Halloween é uma comemoração marcada por mistérios, fantasias e doces. Porém, o

que poucos sabem é que um dos maiores mistérios dessa celebração está na

química por trás da fabricação desses doces. De balas mastigáveis a pirulitos

brilhantes, cada um é uma demonstração das diversas utilidades da química dos

alimentos.


Uma das reações mais conhecidas nesse processo é a reação de caramelização,

uma reação química de escurecimento não enzimático causada pelo aquecimento

de açúcares em altas temperaturas, que resulta em compostos complexos com

cores marrons e sabores doces e tostados, como a bala Butter Toffees.


Outra transformação importante é a que forma a gelatina, um processo físico-químico que começa com a quebra do colágeno, por meio da ação da água, do calor e, às vezes, de ácidos ou bases. Essa etapa, chamada de hidrólise,

transforma as longas cadeias de colágeno em pedaços menores e solúveis. Quando

a mistura é aquecida e depois resfriada, essas cadeias se reorganizam, criando uma rede tridimensional que prende moléculas de água e origina a textura firme eelástica característica da gelatina. Essa mesma reação é usada em doces como balas de goma, marshmallows e jujubas, nos quais a gelatina junto com outros

polímeros criam uma consistência macia e elástica.


Além das reações que influenciam na textura, a química também está por trás das

cores e sabores. As cores vibrantes que diversos doces apresentam , são resultado

da adição de corantes químicos, que interagem com a luz, absorvendo e refletindo certos comprimentos de onda de luz, produzindo as cores que podem ser observadas, Esses corantes contêm grupos cromóforos, responsáveis por essa absorção, além de serem projetados para serem estáveis ao calor e ao pH dos alimentos, mantendo assim a cor do doces pelo tempo necessário.


Já os ácidos cítrico e málico, são compostos orgânicos carboxílicos, responsáveis

pela liberação de H+ em meio aquoso, o que diminui o pH dos doces e causa a sensação de acidez. Além disso, esses ácidos atuam como conservantes alimentares, atrasando a oxidação e estabilizando corantes e aromas ao manter o

pH baixo.


Além de tudo isso, você já se perguntou como certos doces brilham no escuro? A resposta é bem simples, para produzir esses doces brilhantes os fabricantes utilizam um fenômeno químico chamado quimioluminescência, no qual ocorre a emissão de luz durante uma reação química, sem produção significativa de calor,

isso acontece quando a energia liberada por uma reação é transferida diretamente

para os elétrons de certas moléculas, que passam a um estado excitado e ao

retornarem ao estado normal liberam energia em forma de luz visível, que pode ser

vista em doces que brilham no escuro.

Mais do que apenas sabor e aparência, os doces de Halloween revelam o encanto da química que transforma ingredientes simples em magia comestível.

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