A importância da mídia para o poder nazista no século XX
- Cecília e Maria Paula 2 MT
- 3 de out.
- 3 min de leitura

Adolf Hitler teve seu nome marcado na história mundial como o ditador responsável por um dos maiores genocídios vivenciados pela humanidade, mas sua ascensão ao poder na Alemanha não se deu apenas por meio da força militar ou da repressão política. Um dos elementos mais estratégicos e eficazes utilizados pelo regime nazista foi o controle da mídia, assim como fizeram tantos outros regimes ditatoriais pelo globo. A propaganda nazista transformou-se em uma ferramenta poderosa para manipular a opinião pública e construir a imagem heróica do líder.
Desde os primeiros anos do Partido Nazista, Hitler compreendeu que a comunicação de massa poderia ser usada para mobilizar as emoções das pessoas, criar um senso de identidade nacional e disseminar ideologias racistas e antidemocráticas. Com a nomeação de Joseph Goebbels como ministro da Propaganda, o regime passou a controlar todos os meios de comunicação: jornais, rádio, cinema, literatura, artes e educação. A partir de tais ferramentas, a força nazista se consolidava, mexendo com o público nacional. Como é característico de governos totalitaristas, construiu-se um personagem de Hitler para o povo, expondo uma imagem de salvador, seguindo a forma com que ele já se colocava em seus discursos, e líder carismático, que tinha frequentemente a natureza e crianças à sua volta.
As vias do jornalismo também foram usadas como mecanismo para divulgação da ideologia nazista e controle das massas na década de 40. Em jornais como “Der Stürmer” (O Tufão), eram publicadas caricaturas charges que disseminaram o Antissemitismo e descreviam pejorativamente os judeus. Ademais, o cinema também foi utilizado para essa propaganda, disseminando ideais de crença na superioridade social e militar alemã, nacionalismo exacerbado e o preconceito com judeus. Filmes como “O Judeu Eterno” (1940) é um exemplo, visto que pregava a ideia de que os israelitas eram “seres parasitárias do Estado”. Enquanto isso, obras como “Festa da Beleza” e “ O Festival das Nações” tinham como objetivo disseminar o nacionalismo alemão.
As vias do jornalismo também foram usadas como mecanismo para divulgação da ideologia nazista e controle das massas na década de 40. Em jornais como “Der Stürmer” (O Tufão), eram publicadas caricaturas charges que disseminaram o Antissemitismo e descreviam pejorativamente os judeus. Ademais, o cinema também foi utilizado para essa propaganda, disseminando ideais de crença na superioridade social e militar alemã, nacionalismo exacerbado e o preconceito com judeus. Filmes como “O Judeu Eterno” (1940) é um exemplo, visto que pregava a ideia de que os israelitas eram “seres parasitárias do Estado”. Enquanto isso, obras como “Festa da Beleza” e “ O Festival das Nações” tinham como objetivo disseminar o nacionalismo alemão.
Além das produções e artigos de disseminação de ideais nazistas, também foi lançado mão da censura como forma de controle das mídias alemãs. A censura alemã era estruturada em controlar ou fechar os jornais antinazistas, definir quais notícias seriam divulgadas e quais seriam descartadas, controlar as cartas escritas pelos soldados alemães em campo e censurar livros didáticos. Desse maneira, era possível realizar um controle contra a oposição e garantir uma propaganda nazista mais eficiente à população.
Um evento marcante do episódio de censura realizado pelos nazistas foi a queima de livros em 1933. Nesse período, professores, universitários, bibliotecários e demais simpatizantes do nazismo fizeram uma compilação de livros que poderiam abordar ideias contra o nazismo. As obras denunciadas eram escritas por judeus ou não simpatizantes do modelo político. Assim, na noite do dia 10 de maio de 1933 foi realizada uma queima desses livros em espaços públicos. Dados revelam que cerca de 25 mil livros foram queimados.
Desse modo, pode-se concluir que a disseminação da ideologia nazista se baseava na promoção de uma propaganda forte focada no ultra-nacionalismo, no antissemitismo e no culto ao líder, ademais do controle total das mídias. Com esse controle era possível impedir a expansão dos grupos opositores de Hitler e garantir a manipulação da sociedade por meio do monitoramento das informações a serem divulgadas. Assim, foi possível a construção de uma sociedade totalmente coordenada pelas altas lideranças nazistas, facilitando o controle político e social alemão.





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