A física por trás da Ressonância Magnética
- João Vitor Pimenta e Samuel dos Santos - MC
- 15 de ago.
- 2 min de leitura
A ressonância magnética, também conhecida como RM, é uma das tecnologias mais
avançadas da medicina para examinar o interior do corpo humano sem a necessidade de
cirurgia ou radiação ionizante. Seu funcionamento é condicionado por diversos conceitos fundamentais, especialmente relacionados ao magnetismo e à interação da matéria com ondas de rádio.
O corpo humano é composto, em grande parte, por água. Cada molécula de água possui
átomos de hidrogênio, cujos núcleos contêm prótons. Esses prótons funcionam como
minúsculos ímãs devido ao seu movimento de rotação, chamado de spin. Em condições
normais, eles estão orientados de forma aleatória. Porém, quando o paciente é colocado
dentro do aparelho de ressonância magnética, um campo magnético muito intenso, sendo
geralmente de 1,5 a 3 teslas, milhares de vezes mais forte que o campo magnético da Terra, que faz com que os prótons se alinhem parcialmente com esse campo.
Depois desse alinhamento, o equipamento envia pulsos de radiofrequência em uma
frequência específica chamada frequência de Larmor. Esses pulsos fornecem energia aos
prótons, fazendo com que eles mudem temporariamente de orientação. Quando o pulso é desligado, os prótons retornam ao seu estado inicial, liberando a energia recebida na forma de sinais de rádio. Sensores no aparelho captam esses sinais e um computador os
processa, transformando-os em imagens detalhadas do interior do corpo.
A variação no tempo e na intensidade com que diferentes tecidos liberam essa energia é o
que permite distinguir órgãos, músculos, gordura e até lesões. Tecidos ricos em água, como o cérebro ou músculos, respondem de forma diferente daqueles mais pobres em água,
como ossos, gerando contraste natural nas imagens.
Em conclusão, a Ressonância Magnética se tornou de extrema importância para o avanço
da medicina atual, tornando a análise dos pacientes muito mais simples e prática, através
de conceitos simples, que combinados revolucionaram a ciência.
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