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Políticas contra o narcotráfico em El Salvador

abr 9

2 min de leitura

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Nayib Bukele, presidente de El Salvador, tornou-se uma figura polêmica devido às suas duras políticas de combate ao narcotráfico e à criminalidade. Focado em enfrentar as maras, gangues que dominaram o país por décadas, Bukele implementou o estado de exceção em 2022, permitindo a prisão em massa de mais de 70 mil suspeitos, muitas vezes sem julgamento. Embora essas medidas tenham diminuído significativamente os índices de violência, elas também geraram críticas por violarem direitos humanos e normas democráticas.

Com uma aprovação popular de 90%, Bukele justifica suas ações como permissão para restaurar a segurança no país, que em 2015 registrou uma das maiores taxas de homicídios do mundo. As gangues, conhecidas por seu envolvimento com o narcotráfico, controlavam bairros inteiros e impunham terror à população. A repressão liderada pelo governo conseguiu reverter esse cenário, com a violência caindo significativamente.

Por outro lado, os críticos argumentam que as políticas de Bukele estão corroendo a democracia. O presidente destituiu o procurador-geral e substituiu juízes da Suprema Corte por aliados, o que lhe conferiu grande controle sobre as instituições do país. Essa concentração de poder preocupa entidades internacionais, como a ONU e a Anistia Internacional, que denunciam uma crescente violação das liberdades civis.

O estado de exceção, que deveria ser uma medida temporária, já foi renovado 11 vezes, demonstrando a intenção do governo de manter o controle por meio de políticas de repressão. Temem que essa prática se torne permanente, abrindo caminho para um regime autoritário. No entanto, para grande parte dos salvadorenhos, a redução da criminalidade parece prevista nas ações do governo, fazendo com que as críticas sejam ofuscadas pela sensação de segurança.

O futuro de El Salvador, sob a liderança de Bukele, continua incerto. Se por um lado o país experimenta uma queda expressiva na violência, por outro, o custo em termos de liberdades democráticas é alto. Resta saber se a busca pela segurança pública, marcada por políticas de repressão e concentração de poder, poderá ser equilibrada com a preservação dos direitos fundamentais e da democracia no país.

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