O livro “O perigo de uma história única” de Chimamanda Ngozi Adichie, é uma palestra da autora que foi transformada em livro. Nele, ela fala sobre os perigos de se enxergar histórias de uma única maneira.
Chimamanda conta sobre quando era criança e lia livros infantis europeus, em que os personagens eram loiros, brancos e dos olhos azuis. Ao começar a escrever suas próprias histórias, reproduzia o que leu, mesmo sendo características muito diferentes das realidades de onde morava, na Nigéria. Somente após conhecer escritores africanos observou que a literatura era mais ampla e não somente de uma visão europeia.
Segundo a autora o perigo de uma história única se mostra quando uma ideia sobre determinado povo, lugar é repetida várias vezes que é considerado a verdade, mesmo não sendo a realidade. Um exemplo é a visão ocidental da África, acreditando que é um lugar somente de tragédias, fome e pobreza. Deixando de lado toda sua riqueza cultural, isso ocorre porque, na maioria das vezes, a história que se conhece da África é contada por aqueles que detêm o poder, e não por quem vive lá.
O livro mostra a importância de a história ser contada desde quem viveu e nem sempre da visão do vencedor, além de retratar como só porque determinada informação e conclusão são repetidas e disseminadas não significa que sejam verdadeiras.