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O papel da primeira guerra mundial no fortalecimento dos regimes fascistas

abr 23

2 min de leitura

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A Primeira Guerra Mundial teve um papel crucial no fortalecimento dos regimes totalitários na Europa. Ao término do conflito, em 1918, o continente enfrentava uma grave crise econômica, instabilidade política e um profundo sentimento de frustração. O enfraquecimento de impérios tradicionais e a assinatura de tratados, como o Tratado de Versalhes, no caso da Alemanha, geraram um clima de descontentamento e desconfiança nas democracias. Na Itália, mesmo estando entre os vencedores, a população se sentia traída pelas promessas não cumpridas das potências aliadas. O país se encontrou no caos econômico e social, abrindo espaço para a ascensão de Benito Mussolini, que prometia ordem, força e a recuperação do orgulho nacional, já formando uma ideologia que viria a ser chamada de fascista.

 

Na Alemanha, os efeitos do pós-guerra foram ainda mais intensos. A derrota militar, as diversas indenizações impostas pelos aliados e crise da inflação criaram um ambiente perfeito para o crescimento do nazismo. Adolf Hitler ofereceu uma narrativa simples e direta: a culpa pelos problemas era dos judeus, comunistas e políticos que haviam “traído” a nação. Sua proposta de um governo forte, nacionalista e anticomunista conquistou a confiança de uma população desesperada por soluções.

 

Posteriormente à Primeira Guerra Mundial, a violência não foi apenas normalizada em razão do trauma da guerra como se estabelecia através da formação de grupos paramilitares. A finalidade de muitos combatentes transformados após a guerra era a utilização da força como meio legítimo de ação política. Igualmente, a Revolução Russa de 1917 destilou o espectro do Comunismo pela Europa e pelo mundo, de forma que movimentos operários surgiam como a nova ameaça. Difuso, o medo gerou a repressão desses movimentos e a ascensão de ideologias autoritárias. O fim da Primeira Guerra intensificou o medo como possibilidade da violência, sendo a base do Centro. Dessa forma, medo e violência se nutriram e marcaram o imediatismo pós-guerra.

 

Em resumo, o fim Primeira Guerra Mundial e seus desdobramentos culminaram em um novo sentimento nacionalista, que aumentava durante o período “entre guerras” e desencadeou movimentos extremistas que buscavam a supervalorização do Estado e cultos discriminantes, como a eugenia e o antissemitismo, que posteriormente se tornaram o holocausto.


 

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