O narcotráfico é um dos maiores problemas enfrentados pela Colômbia, tendo suas raízes na década de 1970,
com a ascensão de poderosos cartéis, como o de Medellín, liderado por Pablo Escobar. Durante esse período,
o país se tornou um dos maiores produtores de cocaína do mundo, gerando violência, corrupção e instabilidade.
A Colômbia é o maior produtor mundial de cocaína, tendo ultimamente um aumento nas colheitas de
folhas de coca. Simultaneamente às plantações, cresceu a fabricação de drogas, que saem da Colômbia
e vão principalmente, em direção aos Estados Unidos e Europa, assim, a Colômbia continua a ser, de
longe, o maior cultivador da folha de coca do mundo, à frente do Peru e da Bolívia. Os Estados Unidos,
que historicamente financiou a luta antidrogas na Colômbia, é o maior consumidor de cocaína colombiana.
O impacto do narcotráfico é devstador para a economia e a sociedade. Regiões rurais dependem do
cultivo da coca, sendo localizadas principalmente em comunidades negras e reservas florestais e
indígenas, enquanto as cidades enfrentam altos índices de criminalidade. Apesar dos esforços do
governo, como o Plano Colômbia e programas de substituição de cultivos, os resultados ainda são
limitados, já que o narcotráfico na região está profundamente enraizado na história social e política de
como os estados cresceram e se desenvolveram, onde processos de violência e repressão moldaram as
nações, resultando em desigualdade e pobreza generalizadas. E foi esta conjuntura, somada a corrupção
e má governabilidade que tornou a região um ambiente propício para a expansão do narcotráfico. O
apontamento de que o tráfico era uma ameaça à segurança pública surgiu logo após a Guerra Fria,
quando o continente se tornou o epicentro de produção de diferentes narcóticos, como a cocaína e a
maconha. O desafio ficou ainda maior quando o destino das drogas começou a ser em países
desenvolvidos, por exemplo, Estados Unidos e o continente europeu.
Durante 50 anos, o país viveu sob conflito armado entre o grupo guerrilheiro FARC (Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia), que era um exército popular que lutava contra o governo, e o Estado.
Durante esse período, 6 milhões de pessoas foram deslocadas internamente dentro do território
colombiano, 14% da população sofreu direta ou indiretamente algum tipo de violência cometida pelo
grupo, sendo as principais, sequestro, chantagem, assassinato, tortura, desaparecimento e violência
sexual, além de serem responsáveis pela maior produção de cocaína de todo o continente americano e do
deslocamaneto da população rural. Em 2016, o grupo assinou um Acordo de Paz com o governo da
Colômbia e se reintegrou à sociedade civil, porém, essa rivalidade prevalece ainda nos dias de hoje.