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O Mistério das Cartas de Ouro Preto

jun 18

2 min de leitura

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Em uma manhã fria e nebulosa de inverno, na antiga cidade de Ouro Preto, uma descoberta inusitada causou alvoroço entre os habitantes. Dona Adelaide, a velha costureira da Rua Direita, encontrou um maço de cartas antigas, escondidas dentro de uma velha caixinha de música que pertencera à sua avó. As cartas, amareladas pelo tempo, estavam endereçadas a um certo Augusto. Curiosa, ela decidiu ler a primeira.

As palavras eram apaixonadas e melancólicas. Uma tal de Helena se declarava a

Augusto, prometendo amor eterno. Adelaide, tomada pela curiosidade, levou as cartas ao historiador da cidade, Seu Álvaro, conhecido por seu conhecimento sobre a história local.

“Essas cartas são uma janela para o passado”, disse Seu Álvaro, ajustando os óculos para ler melhor. “Parece que Helena era uma jovem de família abastada, e Augusto, um minerador humilde. O romance entre eles certamente enfrentou muitos obstáculos.”

Dona Adelaide, comovida, decidiu ajudar Álvaro a descobrir mais sobre o casal. Eles passaram dias na biblioteca local, vasculhando registros antigos, mas a história permanecia nebulosa. Então, em uma tarde chuvosa, encontraram um diário escondido

entre os livros empoeirados.

O diário pertencia a Helena. Nas páginas, ela narrava seu amor proibido por Augusto e as dificuldades que enfrentavam. Contudo, a última entrada foi abrupta e assustadora: “Se não posso ter Augusto, então não quero mais viver.”

Intrigados e com um misto de receio, Adelaide e Álvaro decidiram visitar a antiga casa da família de Helena, que agora estava abandonada. Ao explorar os cômodos escuros e mofados, encontraram um porão trancado. Depois de forçar a porta enferrujada, se depararam com uma cena chocante: o corpo de Helena, preservado de maneira mórbida, segurando a última carta que nunca foi enviada.

O mistério tomou uma reviravolta ainda mais sombria quando descobriram que Augusto havia desaparecido misteriosamente na mesma época. Uma investigação mais aprofundada revelou que ele fora visto pela última vez nas minas, onde desapareceu sem deixar vestígios.

Com a ajuda da polícia local, Adelaide e Álvaro desvendaram que Helena, em um ato de desespero, havia tirado a própria vida, mas não sem antes escrever a carta final, que revelava um segredo terrível: Augusto fora assassinado por seu próprio irmão, que desejava tomar sua parte na herança familiar.

A verdade veio à tona, e a cidade de Ouro Preto nunca mais foi a mesma. As cartas de Helena, finalmente reveladas, trouxeram à luz uma tragédia esquecida pelo tempo, mas que ainda ressoava nas pedras antigas das ruas estreitas e nas paredes das casas

coloniais.


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