Quando falamos sobre o que forma a identidade do povo brasileiro, não dá pra deixar de lado a história da escravidão. Por mais dolorosa que tenha sido, ela deixou marcas profundas que ainda estão presentes na nossa cultura, no nosso jeito de viver e até na forma como nos relacionamos. A matéria “Raízes Negras: Cultura dos escravos contribuiu para a formação do Brasil”, publicada pelo UOL Educação, destaca exatamente isso: como os africanos escravizados conseguiram manter vivas suas tradições, mesmo em meio à violência da escravidão, e como essas tradições se tornaram parte essencial da cultura brasileira.
A reportagem mostra com detalhes que elementos como o samba, a capoeira, a culinária típica com influência africana e até expressões populares que usamos no dia a dia vieram desse legado. Um exemplo citado é o candomblé, religião de origem africana que se espalhou por estados como Bahia e Rio de Janeiro, ajudando a preservar rituais, crenças e a ancestralidade de milhares de brasileiros. Na cozinha, pratos como o acarajé, o vatapá e a feijoada não são só saborosos — eles carregam história, criatividade e resistência dos povos escravizados que adaptaram ingredientes e criaram novas formas de se alimentar. Esses elementos, segundo a reportagem, mostram que a cultura afro-brasileira não é um detalhe, mas sim a base de muita coisa que define o Brasil.
Por isso, entender esse legado é fundamental. Não dá pra falar de cultura brasileira sem falar da influência africana, e reconhecer isso é uma forma de combater o racismo e valorizar as raízes que nos formam. A matéria da UOL nos lembra que, apesar de a escravidão ter deixado feridas profundas, a cultura dos escravizados resistiu — e continua viva em festas, ritmos, religiões e sabores espalhados por todo o país. Cabe a nós manter essa história viva, respeitar essas raízes e construir uma sociedade mais justa, onde a contribuição negra seja reconhecida como parte essencial da nossa identidade.
