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Día de Los Muertos

há 2 dias

2 min de leitura

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No México, uma das festividades mais importantes é o dia dos mortos, ou “Día de Los Muertos”. O povo mexicano resignificou um dia que em tantos países envolve tristeza e angústia por aqueles que se foram. Para eles, essa data marca a celebração da lembrança daqueles que já não podem estar entre nós, tornando-se uma maneira positiva e leve de lidar com a morte, com um certo misticismo envolvido também.


Segundo a cultura do único país latino da América do Norte, nesse dia, os entes queridos já falecidos descem ao mundo dos vivos para encontrar seus parentes que ainda estão na Terra e celebrar o dia com eles, mesmo que as pessoas não os consigam ver, somente sentir. E é aí que a esquisita história da mexicana Isabela Rosa começa.


A garota que nasceu e viveu desde sempre na Cidade do México seguia a famosa tradição do “Día de Los Muertos” e as festividades que o acompanhavam por toda uma semana. Desde criança era encantada com as pétalas amarelas e laranjas que decoravam o chão da cidade, as músicas, as maquiagens tradicionais que eram usadas com vestidos rodados por mulheres fantasiadas de “calaveras”, a comida e tudo que envolvia essa tradição tão viva e marcante.


    Entretanto, as crianças crescem e, às vezes, perdem o encanto por certas coisas. Assim, quando tinha seus quinze anos, já não conseguia acreditar tanto na visita dos mortos ao mundo dos vivos e a promessa de os proteger, havia esquecido essa sensação mágica que tinha quando era pequena. Ainda assim, todo ano montava o mini altar com as fotos de seus familiares falecidos, com  as comidas preferidas de cada um e velas que iluminavam o local, porque não queria desagradar a seus pais e sua abuelita*.


  Todavia, foi em seus 16 anos que um acontecimento estranho se sucedeu no dia dos mortos para a jovem mexicana. Naquele ano, ela estava totalmente desanimada para as celebrações e vivia repetindo que tudo aquilo era baboseira e que seus entes não os visitavam verdadeiramente. Então, no dia da celebração foi com sua família como se estivesse sendo arrastada para as pequenas celebrações internas.


Ficou repetindo a noite toda sua descrença no misticismo que envolvia aquela noite, quando de repente, viu uma sombra do lado de sua mãe, que foi tomando forma e, quando ficou claro, percebeu ser sua abuelita materna que havia falecido a menos de um ano e sorria para a filha, como se estivesse orgulhosa dela e a amparasse. Mas, pensando que era apenas alucinação, Isabela ignorou. Quanto mais o tempo passava, ela conseguia ver mais familiares visitantes comemorarem entre si e  junto com os vivos. Observava-os e ficava cada vez mais surpresa. Sentia como se tudo o que havia se forçado a acreditar nos últimos anos desabasse e sua tradição lhe abrisse os olhos.


  A partir disso, não deixou que mais ninguém que conhecia desconsiderasse a crença da proteção do “Día de Los Muertos” e se esquecesse da magia que o acompanhava, se sentindo mais próxima de sua cultura e família.


  

*apelido para avó em espanhol


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