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Criatividade Matemática em Sala de Aula: o Caso da Regressão de Júlia

  • Gabriel de Souza e Gabriel Francisco - 2º ML
  • 24 de set.
  • 2 min de leitura

Muitas vezes, quando pensamos em matemática, a primeira imagem que vem à mente é a de uma ciência marcada pela lógica rígida, por fórmulas e demonstrações exatas. Mas a verdade é que a matemática também vive de criatividade. Sem a curiosidade para levantar perguntas novas, imaginar outros caminhos e buscar soluções inesperadas, ela perde grande parte de sua riqueza.

Um bom exemplo disso é a chamada Regressão de Júlia, um método para calcular raízes quadradas que nasceu a partir da observação de uma estudante mineira, Júlia Helena Pimenta Ferreira, e que mais tarde foi formalizado por seu professor, Frederico Ferreira de Pinho Tavares. O que chama a atenção nesse episódio não é apenas a utilidade do procedimento, mas a forma como ele surgiu: em plena sala de aula, durante a resolução de exercícios, quando uma aluna, ao notar um padrão, propôs uma abordagem diferente. O professor, atento, percebeu o valor da ideia, organizou o raciocínio e o apresentou como método.

Esse caso mostra como a sala de aula pode ser um espaço de criação, e não apenas de repetição de saberes. Muitas vezes, espera-se que os alunos sigam apenas o caminho traçado por algoritmos e fórmulas já conhecidas. O rigor é necessário, claro, mas ele não precisa anular a imaginação. Ao contrário: momentos em que os estudantes experimentam, testam hipóteses e inventam suas próprias estratégias são essenciais para que desenvolvam autonomia e senso crítico.

A Regressão de Júlia, além de ser uma contribuição concreta, tem também um forte valor simbólico. Ela nos lembra que a inovação não nasce somente em centros de pesquisa avançada, mas pode brotar em qualquer ambiente de aprendizagem — desde que haja espaço para escuta, valorização das ideias dos alunos e reconhecimento do potencial criador que se esconde até em observações simples.

Num momento em que tanto se fala sobre tornar a matemática mais significativa para os estudantes, histórias como essa reforçam a importância de unir rigor e imaginação. Porque a matemática não é apenas a ciência das certezas: ela também é uma linguagem criativa para explorar, compreender e reinventar o mundo


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