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As duas Fridas

set 11

3 min de leitura

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Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, popularmente conhecida como Frida Kahlo, foi uma pintora nascida em Coyocán no México, no dia 6 de julho de 1907, e faleceu no dia 13 de julho de 1954, aos 47 anos. As pinturas de Frida faziam parte do movimento estético surrealista, baseado na criação de uma realidade nova, em elementos do mundo real e da ficção (como os sonhos) são mesclados em uma única obra.


As obras de Frida são caracterizadas pela forte presença de diversos elementos culturais de seu país de origem, o México, e além disso, a artista busca explorar o sentimentalismo, a angústia, e a sua própria dor crônica em suas pinturas. E apesar da artista fazer parte do movimento surrealista, a própria afirma que ''não pintava sonhos, e sim sua realidade'', contrariando a ideia do surrealismo.


A infância de Frida foi muito dolorosa, além de ter convivido com um casamento infeliz de seus pais, aos seis anos Frida contraiu poliomelite, uma doença que deixou diversas sequelas na saúde da garota. Em setembro de 1925, Frida sofreu um acidente de ônibus que levou-a à perfuração do abdomen, útero, fraturas na coluna, na região pélvica e na clavícula, tal acidente inspirou a artista a realizar diversas obras retratando sua própria dor, como por exemplo a pintura ''A Coluna''.

Frida realizou diversas outras obras, como a obra ''As Duas Fridas'': uma obra que exalta ao auto-conhecimento, sentimentalismo, dor emocional e conexão consigo mesmo.


Na pintura é retratado dois autorretratos da pintora Frida, explicitando a dualidade de identidade vinda por parte da pintora e ao fundo, o céu escurecido nublado molda um cenário conturbado, como o sentimento de tristeza ou perdição.


Em ambos os autorretratos as duas personalidades de Frida estão vestidas com peças de roupas diferentes, o vestido branco simboliza a influência europeia que a artista havia recebido, remetendo assim ao clássico e à pureza, e quanto ao sangue derramado sobre o vestido branco, pode-se deduzir que a mancha tenta trazer a ideia de oposição que Frida tinha à repulsão que os europeus tinham sobre o uso de cores vivas nas pinturas.

Já o vestido colorido simboliza a cultura mexicana e o uso da roupa típica, a ''Oaxaca''. Os trajes ajudam a criar a ideia dos opostos culturais que existiam dentro da própria artista.


Na pintura pode se observar que ambos os autorretratos tem seus corações expostos e estão ligados por meio de uma veia, representando essa conexão que ambas as duas personalidades tinham, e além da conexão sangínea, as mãos de ambas estão unidas ressaltando ainda mais essa conexão entre elas.


É importante ressaltar também que a Frida do lado direito segura em sua mão um amuleto, esse amuleto porta a imagem de seu grande amor, Diego Rivera, evidenciando um momento difícil que a autora vivia: o divórcio. Em suma, a obra ''As duas Fridas'' expressa a busca pela compreensão pessoal, auto-aceitação, reconciliação pessoal e exalta a dor emocional vivida pela autora.


As obras de Frida Kahlo são de grande reconhecimento mundial, e deixaram um legado enorme à arte mexicana, por transmitiram sua própria personalidade e seus sentimentos, e além disso, ter revolucionado a arte da época, introduzindo cores vibrantes e traços fortes às suas telas. Além de artista, Frida também foi ativista, defendendo a igualdade de gênero, autonomia e expressão pessoal.



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