América do Sul quebra recordes de queimadas

O ano de 2024 vem sendo marcado por diversas queimadas em diferentes regiões da América do Sul. De acordo com os dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), no mês de setembro, o maior número de queimadas pertence ao Brasil e à Bolívia, seguidos pelo Peru, Argentina e Paraguai. Tais incêndios devastadores cobrem desde a floresta Amazônica até as florestas bolivianas. Até o momento, os dados de satélite do INPE registraram 346.112 focos de incêndio nos 13 países sul-americanos, superando o recorde de 345.322 casos no ano de 2007.

Apesar da grande parte dos incêndios terem origem da ação do homem, o clima seco e de altas temperaturas apenas contribuem para que os incêndios se espalhem de maneira mais acelerada e descontrolada. Os governos brasileiro e boliviano enviaram diversos bombeiros para tentar conter as chamas, mas infelizmente são incapazes de apagar todos por conta da alta temperatura, que faz com que as chamas se tornem cada vez maiores.

Na cidade de La Paz, na Bolívia, houveram manifestos utilizando placas com discursos como “Bolívia em chamas” e “Para um ar mais limpo, parem as queimadas”, exigindo ações governamentais contra os incêndios no país. A ativista dos direitos animais, Fernanda Negron, disse: “Por favor, percebam o que realmente acontece no país, perdemos milhões de hectares. Milhões de animais morreram queimados.”

Cerca de 9 milhões de quilômetros quadrados da América do Sul ficaram cobertos pela fumaça em alguns momentos, mais da metade do continente.