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Aleijadinho em Congonhas do Campo

jul 12

2 min de leitura

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Em uma manhã calma, adentrei os portões do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo, Minas Gerais. O sol lançava seus raios sobre as estátuas de profetas esculpidas em pedra-sabão, erguendo-se em meio ao verde exuberante das montanhas que cercam a cidade. A própria natureza se curvava diante de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. O capricho e a arte se entrelaçam de maneira admirável. Aleijadinho, filho de um mestre de arquitetura e talha, deixou sua marca não apenas na pedra-sabão, mas na alma de um povo que reconhece nele não apenas um mestre da arte, mas um símbolo de perseverança e superação. As estátuas dos Doze Profetas, esculpidas com uma maestria que desafia a própria matéria, parecem ganhar vida diante dos meus olhos. A grandiosidade das figuras que se elevam em direção ao céu, tudo isso revela não apenas o talento técnico de Aleijadinho, mas também sua profunda compreensão da condição humana e espiritual. Congonhas do Campo, com seu ambiente tranquilo e acolhedor, parece preservar não apenas as obras de Aleijadinho, mas também o espírito de um tempo em que a arte transcendia as simples representações visuais. O Santuário de Bom Jesus de Matosinhos não é apenas um local de peregrinação religiosa, mas um museu a céu aberto onde cada passo revela um novo aspecto da riqueza cultural e espiritual de Minas Gerais. À medida que o sol alcança seu ápice no céu, decido sentar-me em um banco de pedra próximo às estátuas. Fecho os olhos por um momento, permitindo que o silêncio e a serenidade do lugar me envolvam. E ali, entre o passado e o presente, entre as estátuas imortais de Aleijadinho e o murmúrio suave das folhas ao vento, compreendo que a arte verdadeira não envelhece.

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