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A vida não é útil

ago 19

2 min de leitura

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A obra "A Vida Não é Útil" de Ailton Krenak é dividida em cinco textos: “Não Se Come Dinheiro”, “Sonhos para Adiar o Fim do Mundo”, “A Máquina de Fazer Coisas”, “O Amanhã Não Está à Venda” e “A Vida Não é Útil”. Os textos foram retirados de falas do autor e organizados por Rita Carelli.


No livro, Krenak aborda a ideia de que a vida não precisa ter uma função utilitária; ao contrário, ela deve ser vivida por si só. Ele critica o modelo atual em que tudo se transforma em produto e ressalta que aqueles que não se encaixam na ideia de utilidade da vida são excluídos da sociedade. Essa visão utilitária da vida, segundo Krenak, contribui para a degradação e exploração ambiental.


Krenak discute a necessidade de recomeçar devido à gigantesca destruição causada pelo ser humano a Gaia (a Terra, a natureza), que é um ecossistema estável e interativo entre todos os seus componentes. Ele destaca que a pandemia de COVID-19 foi uma resposta de Gaia à devastação humana, uma doença que não faz distinção entre pobres e ricos, não respeita fronteiras, ataca exclusivamente os seres humanos e não afeta outras formas de vida. Krenak compara a presença humana à de uma ameba que consome a Terra.


O livro também enfatiza a importância do contato com a natureza e critica o consumismo que destrói o planeta. Ele argumenta que a ideia constante de substituição, promovida pelo sistema capitalista, também contribui para a destruição ambiental. Krenak destaca que, sob o sistema capitalista, a sustentabilidade é uma ilusão, pois o foco das grandes empresas, que causam os maiores estragos, está sempre voltado para o lucro. Ele também critica a crença de que ações individuais, como a reciclagem, têm um impacto significativo no contexto global.

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