Os conflitos internos e a corrupção na África acabam agravando a marginalização no cenário internacional. Onde ela é desafi ada por uma série de episódios históricos, a maioria das quais tem servido para aumentar ainda mais sua marginalização internacional.
A divisão dos países africanos durante o colonialismo europeu, sem levar em consideração as etnias e culturas locais plantou uma raiz de muitos dos atuais conflitos que ainda são testemunhados em guerras civis de longas durações, em países como o Sudão, o Congo e a Somália, com motivos tanto econômicos quanto como de disputas de recursos como o petróleo, diamantes e metais raros. Por isso tais guerras estão sendo financiadas por governos estrangeiros que têm interesse em tais recursos.
Além disso, a corrupção em várias esferas do governo impede o desenvolvimento econômico e social. Recursos que poderiam ser destinados à construção de infraestrutura, educação e saúde são frequentemente desviados, deixando a população à mercê de regimes autoritários e inefi cientes. Isso cria um ambiente em que o progresso é sufocado, e a marginalização se intensifi ca.
Como resultado, a combinação entre corrupção e conflitos tem arredondado muitos milhões de africanos do crescimento econômico global, reforçando a imagem de um continente doente e em perpétua crise. Contudo, é importante lembrar que essa narrativa de marginalização não refl ete toda a realidade africana, e há exemplos de resistência e progresso que mostram a força e a resiliência das nações africanas diante desses desafios.