A Africa é o continente com o maior número de pessoas afetadas pela fome.
A fome é uma realidade que assombra milhões de pessoas na África, um continente de rica diversidade cultural e natural, mas que enfrenta enormes desigualdades e crises alimentares. Segundo o Programa Mundial de Alimentos (PMA), mais de 278 milhões de africanos sofrem com a insegurança alimentar grave, sendo Etiópia, Somália, Sudão, Moçambique, Malaui, Libéria e Angola os países mais afetados, com indices alarmantes de subnutrição.
Na África, a fome é resultado de vários de fatores, como o legado do processo colonial, a concentração de poder, as condições climáticas, a corrupção das autoridades, a baixa produtividade agricola e o aumento populacional. Esses elementos não causam apenas a escassez de alimentos, mas também perpetuam a pobreza e a instabilidade política.frequentemente agravada por conflitos internos e externos. A escassez de alimentos intensifica esses conflitos, que por sua vez, exacerbam a fome. Esse ciclo vicioso torna a fome simultaneamente uma causa e consequência da pobreza.
As consequências da fome na África são devastadoras, afetando a saúde, a economia e a estabilidade social do continente. A desnutrição severa, especialmente em crianças, resulta em altos indices de mortalidade infantil e problemas de desenvolvimento fisico e cognitivo, já que a falta de alimentos adequados, uma vez que a falta de alimentos adequados aumenta a vulnerabilidade a doenças e infecções. A fome também agrava as tensões sociais, intensificando conflitos por recursos e provocando deslocamentos forçados de populações, o que contribui para a instabilidade politica e social.
Economicamente, a crise alimentar reduz a produtividade da força de trabalho e impede o crescimento, já que as familias gastam quase toda a sua renda em comida, limitando investimentos em educação e saúde.